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Depois de muro com a Bolívia, Argentina fala em 'barreiras' na fronteira com Brasil

Política do governo Milei disse que os mecanismos de vigilância variam conforme a dinâmica econômica de cada país

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 09:24

Patricia Bullrich
Patricia Bullrich Crédito: Shutterstock

A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou na terça-feira (28) que serão intensificados os controles nas fronteiras do país, especialmente com o Brasil, como parte do Plano Güemes. Esta iniciativa visa combater atividades ilegais, como tráfico de drogas e contrabando, em uma ação conjunta entre o governo de Javier Milei e administrações provinciais. A medida inclui também a instalação de uma cerca de 200 metros na divisa com a Bolívia, já anunciada anteriormente pela Casa Rosada.

Bullrich destacou que a fronteira de Misiones com o Brasil, por onde muitos atravessam a pé e enfrentam problemas com pistoleiros, será uma das áreas prioritárias. Embora o governo esteja avaliando as medidas adequadas para cada região, a ministra descartou, por enquanto, a construção de novas barreiras, como o plano para Águas Blancas, na província de Salta, onde será erguida uma cerca para garantir o controle de imigração.

A ministra explicou ainda que os mecanismos de vigilância variam conforme a dinâmica econômica de cada país. Em alguns momentos, a Argentina exporta mais produtos para o Brasil devido aos preços mais baixos, enquanto em outros, como agora, o foco está no contrabando de mercadorias brasileiras mais baratas para o território argentino, sem pagamento de impostos.

Além disso, Bullrich mencionou a implementação de novas ferramentas tecnológicas de vigilância em Formosa, que faz fronteira com o Paraguai, e a recuperação de drones adquiridos durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019), mas que ficaram inutilizados durante o mandato de Alberto Fernández (2019-2023). “Este ano, teremos toda a fronteira monitorada, como queremos, e espero que eles (governo Fernández) não tenham destruído o sistema de fronteira que compramos em 2018″, insistiu Bullrich, expressando a expectativa de que o sistema de controle não tenha sido danificado pelo governo anterior.

Ela também ressaltou o foco na tríplice fronteira com o Brasil e outras áreas, como Bernardo de Irigoyen e Salvador Mazza, onde está sendo desenvolvido um plano abrangente de segurança.