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Como foi o dia em que médicos avaliaram se era melhor deixar o Papa Francisco morrer

“Foi o pior momento. Pela primeira vez vi lágrimas nos olhos de algumas pessoas ao seu redor", avaliou chefe de equipe médica

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 26 de março de 2025 às 08:56

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Papa Francisco  Crédito: Vatican News/ Divulgação

Uma revelação feita pelo chefe da equipe médica do Papa Francisco assustou católicos em todo mundo. Sergio Alfieri disse que o pontífice, de 88 anos, chegou em um momento tão ruim durante sua internação hospitalar que os médicos consideraram interromper o tratamento para que ele pudesse "morrer em paz". De acordo com Alfieri, o pior momento ocorreu em 28 de fevereiro, quando o pontífice teve uma piora drástica em seu estado de saúde.

“Foi o pior momento. Pela primeira vez vi lágrimas nos olhos de algumas pessoas ao seu redor. Pessoas que, percebi durante esse período de internação, o amam sinceramente, como um pai. Estávamos todos cientes de que a situação havia piorado ainda mais e que havia um risco real de que ele não sobrevivesse”, relatou o médico. O pontífice estava consciente de sua gravidade e chegou a declarar: "Está ruim".

Mas como foi esse dia 28 de fevereiro? Veja uma reconstituição da data: 

O dia decisivo na saúde do Papa: da melhora matinal à crise à tarde

Madrugada: Sinais de recuperação

Na madrugada de 28 de fevereiro, o Vaticano divulgou o primeiro boletim positivo sobre o estado de saúde do Papa Francisco. Após duas semanas internado na Policlínica Gemelli em Roma por pneumonia bilateral, o pontífice havia tido uma noite tranquila e não estava mais em estado crítico, segundo informações repassadas à France Presse. A notícia aliviou fiéis ao redor do mundo que acompanhavam atentamente a situação do líder da Igreja Católica.

Manhã: Rotina de tratamento e oração

Nas horas seguintes, Francisco manteve atividades dentro do hospital. Recebeu a Eucaristia, orou em uma capela privada e realizou sessões de fisioterapia respiratória. Os médicos observavam uma melhora gradual, embora ele ainda necessitasse de suporte de oxigênio e não tivesse previsão de alta.

Tarde: Agravamento súbito

Por volta das 14h20 (horário de Brasília), o cenário mudou drasticamente. Um novo comunicado do Vaticano relatou que o Papa sofrera um broncoespasmo seguido de vômito com aspiração, levando a uma piora respiratória repentina. Pela primeira vez, foi necessário usar ventilação mecânica não invasiva. O termo "prognóstico reservado" apareceu nos boletins, indicando que os médicos não podiam garantir sua recuperação.

Decisão crucial

Conforme revelado posteriormente ao jornal Corriere della Sera, a equipe médica enfrentou um dilema: optar por tratamentos mais agressivos – com risco de afetar outros órgãos – ou permitir um desfecho natural. O médico Sergio Alfieri contou que Francisco, mesmo consciente do risco de vida, pediu para continuar o tratamento. "Ninguém desistiu", afirmou o cirurgião, destacando momentos em que a recuperação parecia milagrosa.

Noite: Vigília e incerteza

Enquanto isso, milhares de fiéis se reuniram na Praça São Pedro para a quinta noite consecutiva de orações pelo Papa. O clima era de apreensão, com rumores sobre um possível fim de pontificado. Dentro do hospital, porém, a equipe médica seguia trabalhando, enquanto Francisco demonstrava lucidez mesmo nas horas mais críticas.

Recuperação

Após 38 dias internado, o Papa recebeu alta em 23 de março, mas segue em recuperação. Atualmente, ele realiza fisioterapia respiratória e já retomou missas privadas na Casa Santa Marta. Sua determinação por transparência nos boletins médicos marcou uma mudança na tradição do Vaticano, que costumava tratar a saúde papal com maior discrição. Eventos públicos, no entanto, ainda aguardam uma recuperação mais completa.