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Chances de asteroide cair na Terra em 2032 aumentam; entenda

Dois centros principais, a Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA), são responsáveis pelos cálculos da probabilidade de impacto

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 07:27

Asteróide
Asteróide Crédito: Divulgação

Desde dezembro de 2024, o asteroide 2024 YR4 tem sido monitorado por astrônomos, que estudam sua possibilidade de colisão com a Terra em 2032. Com um tamanho estimado entre 40 a 100 metros, as chances de impacto vêm flutuando ao longo do tempo. Em 29 de janeiro, a probabilidade era de 1,3%, subindo para 1,7% em 1º de fevereiro. Porém, no dia seguinte, caiu para 1,4%, antes de subir novamente para 2,3% em 6 de fevereiro, e depois cair para 2,2% em 7 de fevereiro, o que corresponde a uma chance de 1 em 45.

Apesar das flutuações nas probabilidades, os especialistas afirmam que isso é comum para asteroides recém-descobertos. Davide Farnocchia, engenheiro de navegação da Nasa, explicou ao New York Times que essa variação é esperada e não significa que as chances de impacto continuarão a crescer. “A probabilidade de impacto é muito pequena e provavelmente vai diminuir conforme mais observações sejam feitas”, afirmou Farnocchia, que está envolvido no estudo e monitoramento desses objetos.

Dois centros principais, a Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA), são responsáveis pelos cálculos da probabilidade de impacto. Eles utilizam softwares de dinâmica orbital para traçar as possíveis trajetórias do asteroide, como o Scout e o Sentry da Nasa, e o Meerkat e o Aegis da ESA. Conforme novas observações são feitas, as incertezas orbitais vão sendo reduzidas, e as probabilidades de impacto acabam diminuindo.

O processo de rastreamento do asteroide é comparado a um holofote que, inicialmente, ilumina uma área ampla, incluindo a Terra. Conforme mais dados chegam, a área iluminada diminui, e a probabilidade de colisão tende a cair. No entanto, enquanto essa incerteza existir, a Terra pode ocupar uma parte maior do "feixe de luz", o que temporariamente pode aumentar a chance de impacto. "Isso é esperado e não significa que o risco aumentará constantemente", comentou Juan Luis Cano, do Centro de Coordenação de Objetos Próximos à Terra.

Até abril deste ano, os telescópios poderão continuar observando o 2024 YR4, mas após esse período, ele ficará muito distante para ser rastreado. A próxima aproximação do asteroide com a Terra está prevista para 2028. Com as observações coletadas até abril, espera-se que os astrônomos consigam refinar a trajetória do asteroide e eliminar qualquer risco de impacto em 2032. Cano tranquilizou, afirmando que "não há motivo para preocupação neste momento".

Monitoramento

Embora as chances de impacto sejam pequenas, a Nasa e a ESA continuam monitorando atentamente o 2024 YR4. Se o asteroide atingisse a Terra, ele causaria uma destruição comparável à de uma bomba nuclear, afetando áreas desabitadas, pouco povoadas e também densamente habitadas, incluindo partes do Pacífico, América do Sul, África e Ásia. No entanto, a probabilidade de uma colisão significativa é considerada extremamente baixa.

Farnocchia concluiu que, embora seja improvável, não podemos prever quando ocorrerá o próximo impacto de grande escala. "Por isso, continuaremos a monitorar o 2024 YR4", afirmou. Se a situação piorar, pode ser necessário pensar em medidas de defesa contra asteroides no futuro.