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Carol Neves
Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 11:27
O governo da Malásia anunciou nesta terça-feira (25) que a empresa americana Ocean Infinity retomará as buscas pelo voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido em 2014 com 239 pessoas a bordo. O ministro dos Transportes, Anthony Loke, destacou a "determinação da Ocean Infinity em mobilizar seus navios" para localizar o Boeing 777, que sumiu dos radares em 8 de março de 2014 durante o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim. Apesar de elogiar a iniciativa, Loke não revelou detalhes sobre o cronograma ou a duração das novas buscas. >
A Ocean Infinity, especializada em robótica marinha, já havia sido contratada em 2018 para procurar a aeronave, sem sucesso. Desta vez, a empresa propôs uma nova área de busca de 15.000 quilômetros quadrados ao sul do Oceano Índico, conforme aprovado pelo governo malaio em dezembro de 2023. O acordo prevê que a Malásia só pagará pela operação se o avião for encontrado, com um prazo de 18 meses para a conclusão dos trabalhos.>
O desaparecimento do MH370 é considerado um dos maiores mistérios da aviação. A bordo estavam 153 chineses, cerca de 40 malaios e passageiros de outras 13 nacionalidades. Após o incidente, uma operação liderada pela Austrália cobriu 120.000 quilômetros quadrados do Oceano Índico, mas apenas alguns destroços foram encontrados, sem pistas conclusivas sobre o paradeiro da aeronave.>
As causas do desaparecimento permanecem desconhecidas. Entre as teorias, está a possibilidade de um ato deliberado do piloto Zaharie Ahmad Shah, que teria desativado manualmente o sistema ACARS, responsável pela comunicação entre o avião e a torre de controle. Outra hipótese sugere que o Boeing possa ter sido atingido por um míssil, embora não haja evidências concretas para sustentar essa ideia. Um relatório de 2018 apontou falhas no controle de tráfego aéreo e alterações manuais na rota do avião, mas sem conclusões definitivas.>
A Ocean Infinity, com sedes no Texas (EUA) e na Inglaterra, é conhecida por sua expertise em operações submarinas de alta tecnologia. A empresa agora tenta resolver um dos maiores enigmas da história da aviação, enquanto familiares das vítimas aguardam respostas há mais de uma década.>