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Estadão
Publicado em 23 de dezembro de 2023 às 16:40
Em outubro, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, insistiu ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que não realizasse um ataque preventivo contra as forças do Hezbollah no Líbano quatro dias após o ataque do Hamas contra Israel. >
O mandatário americano alertou que o ataque preventivo poderia desencadear uma guerra regional mais ampla. Israel tinha informações de inteligência - consideradas não confiáveis pelos EUA - de que o Hezbollah estava se preparando para cruzar a fronteira como parte de um ataque multifacetado, levando algumas autoridades israelenses mais agressivas ao limite.>
Aviões de guerra israelenses estavam no ar aguardando ordens quando Biden falou com Netanyahu em 11 de outubro e disse ao primeiro-ministro para ordenar a retirada dos militares e pensar nas consequências do ataque preventivo, segundo fontes familiarizadas com o assunto. Em seguida, o ataque israelense contra o Hezbollah não foi adiante.>
A conversa entre Biden, outras autoridades americanas e Netanyahu garantiu um padrão de esforços da Casa Branca para que os EUA evitassem qualquer expansão do conflito que pudesse obrigar os americanos a realizar uma interferência.>
Desde 7 de outubro, quando se deflagrou a guerra entre Israel e Hamas, um dos principais focos de Biden tem sido evitar uma escalada dos conflitos do país aliado contra o Líbano, onde as forças israelenses trocam tiros quase diariamente com combatentes do grupo radical Hezbollah, que é apoiado pelo Irã e composto por militares palestinos.>
Após o ataque do Hamas, os EUA enviaram dois grupos de ataque de porta-aviões para o Mediterrâneo Oriental, seguidos de um submarino nuclear, para reforçar a dissuasão. Também foi criada recentemente uma força-tarefa naval especial no Mar Vermelho para lidar com ataques de militantes Houthi apoiados pelo Irã no Iêmen.>