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Autoridades descartam carne bovina como fonte do surto de E.coli no McDonald's

Apuração continua agora com foco nas cebolas usadas nos hambúrgueres

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 28 de outubro de 2024 às 11:23

Sanduíche do Mc Donald's
Sanduíche do Mc Donald's Crédito: Divulgação

O McDonald's e as autoridades de segurança alimentar dos Estados Unidos descartaram a carne bovina como fonte do surto da bactéria E. coli associado ao lanche Quarteirão da rede, mas continuam investigando as cebolas usadas nos hambúrgueres.

O Departamento de Agricultura do Estado de Colorado informou, no domingo (27), que concluiu uma série de testes em hambúrgueres de carne fresca e congelada coletados em unidades do McDonald's no Estado, vinculadas à investigação em andamento. Todos os testes deram negativo para E. coli, segundo a agência, e as autoridades de saúde local não devem coletar mais amostras.

Os porta-vozes da rede afirmaram que a empresa ainda aguarda os resultados dos testes das cebolas suspeitas. A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) disse na sexta-feira que está coletando amostras de cebola para análise enquanto trabalha para determinar a causa do surto.

O surto de E. coli relacionado ao Quarteirão do McDonald's, divulgado na semana passada por autoridades federais de saúde, já infectou 75 pessoas e causou uma morte em 13 Estados, de acordo com autoridades de segurança alimentar.

A rede retirou os hambúrgueres do cardápio nas áreas afetadas e afirmou que está cooperando com as agências reguladoras que investigam o surto. Em comunicado, o McDonald's afirmou que pretende retomar a venda do Quarteirão nos restaurantes afetados pelo surto ao longo da semana, mas sem cebolas frescas.

Na sexta-feira, o McDonald's anunciou que suspenderia a compra de cebolas de uma instalação da Taylor Farms no Colorado, que fornecia as cebolas fatiadas para as unidades da rede associadas aos casos. Na semana passada, a Taylor Farms recolheu lotes de cebola amarela de sua unidade em Colorado Springs e informou que, até o momento, não encontrou vestígios de E. coli nos testes realizados.

Desde a divulgação do surto, o fluxo de clientes nas lojas da rede nos EUA caiu quase 5% na quarta-feira passada em comparação com igual período do ano passado, de acordo com a Gordon Haskett Research Advisors. Nos quatro Estados com casos confirmados de E. coli - Colorado, Kansas, Utah e Wyoming - o movimento caiu mais de 10% em relação ao ano passado, segundo a análise com base em dados de localização do Placer.ai.

No Colorado, onde foi identificado o maior número de casos, a queda foi superior a 22%. Até o fechamento de sexta-feira, as ações do McDonald's caíram cerca de 7% desde o anúncio do caso. A empresa deve divulgar os resultados do terceiro trimestre na terça-feira.