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Carol Neves
Publicado em 27 de janeiro de 2025 às 08:09
A partir de 1º de setembro de 2025, alpinistas que desejarem tentar escalar o Everest terão que pagar US$ 15 mil (aproximadamente R$ 88 mil) pela permissão de escalada, um aumento de 38% em relação ao valor anterior, que era de US$ 11 mil. >
A justificativa do governo do Nepal para essa elevação nos custos está relacionada principalmente à necessidade de mais recursos para limpar a montanha, que é conhecida por acumular grandes quantidades de resíduos ao redor e acima do campo-base. O Everest, a montanha mais alta do mundo, com 8.849 metros, é frequentemente chamado de "o maior lixão do mundo". >
Além desse valor, os alpinistas ainda terão que arcar com os custos de equipamentos, e os guias locais, os sherpas, também contarão com custos de seguro pagos pelas equipes. O aumento das tarifas, que não era realizado desde 1º de janeiro de 2015, visa cobrir essas despesas crescentes. Naquela ocasião, o sistema de tarifas foi alterado para uma taxa uniforme de US$ 11 mil por alpinista, substituindo o modelo baseado em grupos. >
A medida reflete os desafios financeiros enfrentados pelo governo nepalês para garantir a segurança e preservação do Everest. A notícia foi divulgada pelo Kathmandu Post. >
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A cada temporada, centenas de toneladas de resíduos são geradas no Everest, incluindo garrafas de oxigênio, restos de alimentos e dejetos orgânicos, devido à grande quantidade de alpinistas que tentam alcançar o cume. Em resposta a isso, o governo do Nepal anunciou, além do aumento da taxa de licenciamento, novas regras ambientais. A partir de 2025, os escaladores serão obrigados a usar sacos biodegradáveis e a descer com seus próprios excrementos.>
O aumento na tarifa de escalada também visa melhorar o financiamento das seguradoras sociais dos sherpas, os guias locais que auxiliam os alpinistas. O governo também implementará mudanças para regular melhor as ascensões, com a redução da duração das permissões de 75 para 55 dias, como forma de evitar engarrafamentos no cume, que têm sido um problema crescente.>
Em 2024, 600 alpinistas, incluindo 200 estrangeiros, conseguiram alcançar o topo do Everest. Essas medidas buscam melhorar a segurança, a preservação ambiental e o bem-estar dos guias locais.>