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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2023 às 10:45
O DJ Alok apareceu chorando em um vídeo publicado no Instagram na manhã desta terça-feira (10). Ele comentou sobre o conflito entre o governo israelense e o grupo Hamas, e como o seu pai, Juarez Petrillo, ficou entre o fogo cruzado por lá. >
O músico surgiu bastante abatido e comentou que foi difícil gravar o vídeo, mas necessário para explicar a situação.>
"Não vai ser fácil gravar esse vídeo. O mundo inteiro está acompanhando com profunda dor e tristeza os ataques terroristas covardes que aconteceram em diversas regiões do sul de Israel. Foi o ataque mais orquestrado e mais letal da história. O sistema de segurança de Israel não conseguiu identificar a tempo", disse. >
Alok, então, relatou que o pai estava na rave Universo Paralello - que tem uma edição realizada na Bahia desde os anos 2000 -, quando 260 pessoas foram mortas.>
"Meu pai estava no evento, ele estava prestes a se apresentar quando começou a ter um bombardeio ali. O evento foi interrompido, e a polícia começou a evacuar, todo mundo saiu correndo. Meu pai também saiu correndo. Ele conseguiu entrar num carro e sair de lá. O carro de trás, que estava um conhecido dele, foi baleado. Meu pai conseguiu se abrigar num bunker e ficou seguro lá".>
Ainda na conversa, o artista explicou que o pai é o idealizador do Universo Paralelo, mas licenciou os direitos da identidade visual e do uso da marca do festival para diversos países, inclusive, para Israel, onde ocorreu a primeira edição. >
Na festa eletrônica de lá, Juarez foi apenas como contratado para tocar, e só soube que estava entre os desaparecidos após o conflito quando viu as notícias na internet. >
"Eu já saí de casa faz mais de 15 anos. Infelizmente, tenho pouco convívio com meu pai. Meu pai toca também, é DJ, então está sempre viajando pelo mundo, eu também. Ele não sabe onde eu estou, também não sei onde ele está. Eu descobri que ele estava lá através da internet", explicou.>
Mesmo longe do convívio com o pai, ele recebeu informações sobre a saúde e segurança de Juarez. "Tudo o que eu quero agora é poder abraçar ele, acolher ele. Mas, infelizmente, muitas pessoas não vão poder fazer isso".>