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Carol Neves
Publicado em 23 de fevereiro de 2025 às 14:24
A Alemanha concluiu na tarde deste domingo (23) a votação para eleger um novo governo, com pesquisas de boca de urna indicando uma vitória do partido conservador CDU (União Democrática Cristã) e um crescimento significativo do AfD, sigla da extrema direita. Friedrich Merz, líder do CDU, partido de oposição ao atual governo, obteve 29% dos votos, liderando a corrida. O AfD, por sua vez, conquistou cerca de 19%, consolidando-se como a segunda força política no pleito. >
O Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, ficou em terceiro lugar, com 16% dos votos, enquanto o Partido Verde alcançou 13,5%, ocupando a quarta posição. Esses resultados estão alinhados com as previsões das pesquisas de intenção de voto realizadas antes da eleição. A contagem oficial dos votos deve se estender até o final da noite no horário local (início da noite no horário de Brasília).>
Cerca de 61 milhões de eleitores foram convocados para escolher os representantes do Bundestag, o Parlamento alemão, que definirá o próximo chanceler, cargo equivalente ao de chefe de governo. No sistema eleitoral alemão, os cidadãos votam tanto em um candidato quanto em um partido, e o número de cadeiras no Parlamento é proporcional aos votos recebidos por cada legenda.>
O crescimento do AfD, partido de extrema direita investigado por extremismo e acusado de abrigar movimentos neonazistas, preocupa especialistas. Nos últimos anos, todos os partidos do Bundestag se recusaram a formar alianças ou trabalhar com o AfD, o que pode dificultar a formação de uma coalizão governamental estável. Esse cenário representa um desafio para a estabilidade política do país, já que a fragmentação partidária tende a complicar a governabilidade.>
A eleição antecipada reflete um momento de tensão na política alemã, com a extrema direita ganhando espaço e os partidos tradicionais enfrentando desafios para manter sua influência. O resultado final e a formação do próximo governo serão determinantes para o futuro da Alemanha e sua capacidade de lidar com questões internas e externas em um contexto político cada vez mais polarizado.>