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Acusado de matar CEO de plano de saúde, Luigi Mangione recebe R$ 1,9 mi em doação de apoiadores

O fundo criado por seus defensores foi aceito pelo time jurídico de Mangione, que o utilizará para pagar as despesas com a defesa

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 07:44

Luigi Mangione
Luigi Mangione Crédito: Divulgação

Acusado de matar o CEO da UnitedHealthCare, Luigi Mangione, 26 anos, conseguiu arrecadar mais de R$ 1,9 milhão (cerca de 340 mil dólares) entre apoiadores para pagar custos da sua defesa. A vaquinha foi criada na plataforma GiveSendGo por um grupo de defensores do suspeito. 

"Não estamos aqui para celebrar a violência, mas acreditamos no direito constitucional de representação legal justa", diz uma mensagem na página de arrecadação. 

O fundo criado por seus defensores foi aceito pelo time jurídico de Mangione, que o utilizará para pagar as despesas com a defesa. O advogado de Mangione, Marc Agnifilo, é conhecido por representar figuras como o rapper Diddy Combs. Já a ex-promotora Karen Agnifilo também integra a equipe. O engenheiro e o músico estão detidos no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, e enfrentarão uma audiência em Nova York no dia 21 de fevereiro.

As doações para o caso variam de US$ 5 a US$ 5.000, com uma média inferior a US$ 30. A plataforma registrou mais de 11.500 contribuições, muitas das quais anônimas. No entanto, diversos doadores aproveitaram a visibilidade para manifestar apoio a Mangione e criticar as práticas do sistema de saúde dos Estados Unidos. Alguns relatos incluem histórias pessoais de insatisfação com as seguradoras. Por exemplo, Ken Richter, que doou US$ 10, escreveu: "Em nome de minha esposa com câncer de mama. E por terem me falado que o anestesiologista dela não era coberto".

A escritora e podcaster Jamie Peck, uma das porta-vozes da campanha, afirmou: "As centenas de milhares de dólares que arrecadamos revelam que uma massa considerável da população está exausta desse sistema de saúde que nos mantém doentes, pobres e amedrontados". Ao mesmo tempo, alguns doadores também criticaram o que consideram excessos nas acusações contra Mangione, que enfrenta processos em três esferas diferentes – dois estados e uma esfera federal, onde poderia ser condenado à pena de morte por terrorismo.

O maior valor doado na campanha foi de US$ 5.000, vindo de um usuário que se opõe à pena de morte e se diz perturbado pela politização da morte de qualquer pessoa. A luta por justiça continua, com a próxima audiência marcada para 21 de fevereiro.

Assassinato gerou discussões

Mangione, que sofre de dores crônicas nas costas, segundo relatos de amigos e postagens nas redes sociais, não era cliente da UnitedHealthcare, conforme a própria empresa. O assassinato, filmado por câmeras de segurança, gerou discussões sobre o sistema de saúde dos Estados Unidos, especialmente por aqueles que consideram as seguradoras injustas. Uma pesquisa da YouGov, divulgada em dezembro, revelou que 61% dos americanos têm uma visão negativa da indústria de planos de saúde. Outro estudo do Pew Research Center também destacou que o acesso a tratamentos médicos é considerado o segundo maior problema do país.

A UnitedHealthcare, em comunicado após o assassinato, afirmou que aprova 90% dos pedidos de pagamento ou reembolso médico, embora adicione que cerca de 0,5% das solicitações exigem uma análise adicional por razões médicas. O grupo expressou descontentamento com a forma como o caso tem sido tratado, destacando "informações altamente imprecisas e grosseiramente enganosas".