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Xodó dos nordestinos: descubra como funciona uma fábrica de cuscuz

CORREIO visita a fábrica da São Braz em Conceição do Jacuípe, a 100km de Salvador

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 30 de março de 2025 às 09:00

Cuscuz
Cuscuz Crédito: Freepik

Não é à toa que o cuscuz é o alimento queridinho do povo nordestino. Sua versatilidade o torna parte do cotidiano de muita gente: com os devidos acompanhamentos, dá para comer no café da manhã, no almoço e até na hora da janta. Mas você já se perguntou como é feita a produção da farinha de milho, também conhecida como flocão, o principal ingrediente desse prato tão icônico?

O CORREIO visitou, nesta sexta-feira (28), a inauguração da primeira fábrica da São Braz na Bahia, localizada em Conceição do Jacuípe. A empresa paraibana produz diversas versões do produto, incluindo uma edição com milho transgênico. Mas antes de falar como o vegetal é transformado em flocão, vamos às curiosidades.

Fábrica da São Braz em Conceição do Jacuípe
Fábrica da São Braz em Conceição do Jacuípe Crédito: Divulgação

De acordo com Walber Santos, diretor comercial da São Braz, Pernambuco é o estado do Nordeste onde mais se consome cuscuz, seguido da Paraíba. A Bahia vem logo depois. Além disso, o prato é reconhecido como patrimônio imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Mas, afinal, por onde o milho passa antes de virar flocão e chegar às nossas casas? Quem explica é Ângela Melo, gerente industrial da fábrica a 100km de Salvador. Tudo começa com a limpeza da matéria-prima.

Fábrica São Braz
Fábrica São Braz Crédito: Bruno Brito

“O milho, ao chegar na fábrica, é limpo por máquinas automáticas, onde são retirados os sabugos e outras impurezas. Depois ele é umidificado, desgerminado, e são retiradas todas essas partes que não servem para consumo humano”, diz.

A próxima etapa é a trituração para o farelo de milho. A partir daí a parte do endospermal alaranjado do grão, um tecido que armazena amido e açúcar e que corresponde a cerca de 85% do peso seco do grão, é que vai ser moído novamente para fazer o flocão.

Após a segunda etapa de moagem, o grão é laminado através de rolos lisos, onde finalmente é flocado. Depois de todo esse processo fica pronto o flocão, um produto 100% natural feito a partir do milho em grãos. Só então ele é pesado e ensacado automaticamente em pacotes de 500g como aqueles que a gente vê no mercado.

Mecanismo de ensaque de flocão
Mecanismo de ensaque de flocão Crédito: Yan Inácio/CORREIO

Segundo a especialista, o diferencial da produção na fábrica é o equipamento suíço de última geração. “Nós também temos um selecionador óptico que retira pontos escuros que possam aparecer no flocão”, revela.

Mas assim como o cuscuz, o milho também é bastante versátil e também tem outras utilidades na fábrica. Lá, o vegetal também serve para produzir colorau e pimenta do reino, importantíssimos para a culinária do dia-a-dia. Além disso, é o principal componente do salgadinho Pippos, snack queridinho de muitos estados do Nordeste.

A fábrica ainda está em período de testes, mas a expectativa é que comece a produzir no final de abril. Além disso, a estimativa é que 360 toneladas de Flocão e 300 de salgadinhos Pippos sejam preparadas mensalmente.