Vizinho confessa ter matado menina em Pernambués

Ele foi preso pela Polícia Civil, no final da manhã desta terça-feira (23)

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Publicado em 23 de julho de 2024 às 11:58

Aysha Vitória
Aisha Vitória Crédito: Reprodução

Um morador da Travessa São Jorge, no bairro de Pernambués, confessou ter matado a pequena Aisha Vitória, de oito anos. O crime aconteceu na madrugada desta terça-feira (23). Segundo informações de fontes policiais, o homem foi identificado como Joseilson Souza da Silva, 43 anos, morava no bairro há pouco mais de um ano e havia se mudado para a travessa há três meses. A Polícia Civil, no entanto, diz que não confirma oficialmente "em respeito à Lei de Abuso de Autoridade".

Quem desconfiou do vizinho foi a mãe da garota. A Polícia Civil confirmou que encontrou, no telhado da casa dele, as sandálias e, atrás da geladeira, uma boneca de Aisha. O suspeito foi preso pela Polícia Civil. Houve uma tentativa de linchamento e a polícia precisou atirar para o alto para dispersar a multidão. 

Mãe, de vestido listrado, foi quem desconfiou que crime pudesse ter sido cometido por vizinho
Mãe, de vestido listrado, foi quem desconfiou que crime pudesse ter sido cometido por vizinho Crédito: Marina Silva/CORREIO

O suspeito foi conduzido para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde está sendo interrogado.

Os laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) vão auxiliar no esclarecimento da causa da morte. Equipes do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) participaram da ação.

Joseilson Souza da Silva
Joseilson Souza da Silva Crédito: Marina Silva/CORREIO

Corpo encontrado

A família conta que, quando foi vista pela última vez, Aisha saiu da casa onde mora para a residência da avó, que fica na mesma rua, a poucos metros. Aisha era um dos cinco filhos da família.

A Polícia Civil e Departamento de Polícia Técnica estiveram no local para perícia e remoção no corpo. Ao encontrarem o corpo, houve a desconfiança dos profissionais de possíveis sinais de violência sexual no corpo da criança, o que só será confirmado após exames periciais. Ela estava com as mãos para trás, com os braços amarrados. "Deixaram ela de bruços, uns dez metros de distância da casa dela. O corpo estava todo arranhado, com marcas que fizeram a gente pensar o pior, mas a perícia que vai dizer. Eu acredito que alguém da rua tirou o flagrante de casa e largou aqui", fala a tia da vítima, que não quis se identificar.

A tia afirma ainda que a menina sumiu na porta de casa e que não costumava sair do local onde morava. "Ela foi vista pela última vez às 17h, aqui mesmo na Travessa São Jorge, onde mora com a família. Nunca saiu daqui e sumiu assim, na porta de casa. Às 4h40 da manhã, quem fez essa perversidade deixou ela. Só ouviram o barulho, mas não viram quem foi. Quando saíram, encontraram o corpo e a mãe, desesperada, começou a gritar", completa a tia.

Ao lembrar o momento em que a menina foi encontrada, a tia descreve lesões que estavam aparentes no corpo da criança.

"Ela tinha hematomas na parte da lombar, o pescoço parecendo que tinha uma lesão porque estava muito mole. Eu ainda encostei meu dedo pra ver se ela estava respirando e começamos a entender que ela estava morta já", afirma.