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Wendel de Novais
Publicado em 23 de setembro de 2024 às 11:02
Os quatro homens que foram mortos em uma chacina registrada na madrugada de domingo (22), no bairro de Tancredo Neves, em Salvador, foram encurralados por seus executores. As vítimas, que estavam em um estabelecimento comercial com diversos quiosques, foram surpreendidas e alvejadas por quatro homens armados que chegaram e saíram rapidamente do local.
Uma fonte policial, que terá nome e cargo preservados, deu detalhes de como a execução ocorreu. "Esse local tem duas entradas principais para dois corredores com bares e outros pontos. Dois homens chegaram pela direita e mataram as duas primeiras vítimas na entrada. Os outros dois criminosos foram pelo lado esquerdo e pegaram as duas últimas vítimas atrás do estabelecimento", relata.
Dos quatro mortos, apenas três foram identificados pelos prenomes Deivid, Kaique e Maurício. Procuradas, a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) e a Polícia Civil (PC) não confirmaram a identificação formal das vítimas. A fonte policial ouvida pela reportagem, entretanto, explicou que um deles era conhecido pelo apelido de 'Malucão' e fazia a segurança do local.
O policial não sabe se Malucão é um dos que tiveram prenome identificados, mas destaca que ele não era alvo da ação. "Malucão foi no bolo, infelizmente. Ele, provavelmente, estava perto dos alvos e acabou sendo atingido pelos disparos. Inclusive, ele foi morto na parte de trás. Era um cara que trabalhava na segurança dos quiosques", fala.
A fonte informou ainda que os criminosos que executaram os quatro homens fizeram questão de tirar os documentos de Malucão. O caso surpreendeu a todos por acontecer na entrada da região do Arvoredo, na Rua de Roma, que tem ligação com a Rua Direta de Tancredo Neves, uma das vias principais de todo o bairro.
O conjunto de quiosques onde as vítimas estavam é conhecido por uma movimentação intensa no fim de semana, já que reúne uma galeria de bares. A chacina foi registrada pela 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (PM-BA) e vai ser investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).