Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Vida na Espanha e filho de 5 anos: saiba quem era o jovem que teve corpo esquartejado no Canela

Augusto Borges foi enterrado na tarde desta segunda-feira (24), no Cemitério Campo Santo

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Larissa Almeida

  • Carol Neves

Publicado em 24 de março de 2025 às 19:10

 Augusto Borges
Augusto Borges Crédito: Reprodução

O entregador Augusto Borges, de 28 anos, que foi morto e teve o corpo esquartejado encontrado no Vale do Canela, no último sábado (22), vivia entre a Espanha e o Brasil. Ele estava trabalhando quando foi capturado e brutalmente assassinado por criminosos. O corpo do jovem foi enterrado na tarde desta segunda-feira (24), no Cemitério Campo Santo.

Na Bahia, Augusto estava morando no bairro do Nordeste de Amaralina. Segundo a irmã, Natália, ele se preparava para voltar para a Espanha, uma vez que foi criado entre o país europeu e o Brasil. Para alcançar o objetivo, ele estava se dedicando ao trabalho de entregador.

“Meu irmão era um menino trabalhador, tinha um filho de 5 anos, nunca fez mal a ninguém. Trabalhava comigo em eventos, trabalhava fazendo entrega. [...] Sempre fazia evento comigo, [era] bilíngue, [participava] de congressos internacionais. Trabalhador. Não sei por que fizeram tanta crueldade dessa forma com meu irmão”, lamentou Natália em entrevista à TV Bahia.

A morte de Augusto é investigada pela Polícia Civil. O jovem saiu de casa na sexta-feira para fazer uma entrega e não retornou. Naquele dia, a família notou que a foto dele havia sido trocada no WhatsApp e um amigo estranhou uma resposta dele, que foi escrita com a gíria ‘mano’, que Augusto não costumava usar.

No sábado, dia seguinte ao sumiço, o corpo de Augusto foi encontrado esquartejado em sacos plásticos deixados no Vale do Canela. A moto dele foi localizada, com placa adulterada, no Dois de Julho.

Segundo a irmã do entregador, isso reforçou as suspeitas de que o irmão pode ter sido morto por traficantes que o abordaram por ele ter uma foto em uma comunidade rival, na Gamboa.

“Pela primeira vez meu irmão foi na Gamboa esse mês. Foi para a praia, postou foto, postou vídeo, nos status do Instagram e WhatsApp. Provavelmente essas imagens ficaram na galeria dele. Como essas pessoas que fizeram essa maldade desbloquearam o celular dele, tiveram acesso a tudo. Provavelmente acharam que meu irmão era desse bairro, que se envolve em algo do tipo”, desabafou Natália.

Ela negou que o irmão tinha qualquer envolvimento com o crime. “Onde a gente mora todo mundo vê meu irmão entrando e saindo com a bag [de entregador] para trabalhar”, argumentou.

No início da noite desta segunda-feira, outros entregadores por aplicativo e familiares fizeram uma manifestação pela morte de Augusto na Rua Visconde de Itaborahy, no bairro de Amaralina. Nas bags dos entregadores, estava escrito ‘Luto’ e cada um deles levou balões brancos, simbolizando o pedido de paz. A Polícia Militar acompanha o ato.