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Larissa Almeida
Publicado em 14 de agosto de 2024 às 05:15
O Museu de Arte Sacra da Ufba, que tem 65 anos de história, está fechado à visitação do público até o fim da realização de obras preventivas na estrutura. De acordo com a diretora María Herminia Olivera Hernández, reparos não foram feitos antes em razão de uma carência de recursos causada pelos cortes orçamentários que afetaram a universidade nos últimos anos.
“Nesse momento, nossa questão é sobretudo na parte elétrica, que tem problemas que podem trazer riscos. O que estamos fazendo com essas obras é mitigar os possíveis danos da estrutura. O telhado está com infiltrações e o ideal agora é que se faça a manutenção de toda a cobertura”, afirma a diretora.
Para a recuperação completa, será necessário um aporte em torno de R$ 7 milhões. Desses, são necessários R$ 3 milhões para a reforma completa do telhado e R$ 1,5 milhão para a renovação total do sistema elétrico. De acordo com a universidade, a obra terá apoio do governo e da prefeitura. A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) já deu início ao levantamento técnico das necessidades de recuperação.
A Ufba disse, em comunicado divulgado no último sábado (10), que, em virtude do cenário de perdas orçamentárias às Instituições de Ensino Superior, que se acumulam ao longo dos anos, não havia verba para o custeio da recuperação do museu.
A reportagem procurou a Universidade Federal da Bahia para saber qual a porcentagem/valor da quantia orçamentária perdida pelo Museu de Arte Sacra com os cortes orçamentários feitos pelo Governo Federal nos últimos anos, bem como qual o impacto disso na manutenção da infraestrutura do local. A assessoria disse que essas informações serão apuradas com a Pró Reitoria de Planejamento e divulgadas nesta quarta-feira (24).
Na oportunidade, a universidade informou que não existe um orçamento específico do governo federal para os museus universitários. “Essa é uma das ideias que estão sendo formuladas”, disse a assessoria.