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Veja os cuidados para evitar doenças no verão

Quadros dermatológicos e infecciosos são os que mais oferecem risco na alta estação

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 05:15

Cidades baianas vivem epidemia de dengue
Cidades baianas vivem epidemia de dengue Crédito: Marina Silva/Arquivo CORREIO

Toda vez que o verão chega o estilo de vida dos baianos encontra um ponto em comum: a praia. São poucos aqueles que não usam os dias de folga e os finais de semana para se refrescar no mar e, no caso de exceção, é menor ainda a quantidade que não busca uma cachoeira como alternativa. Acontece que a junção da umidade e calor presente nesses locais é favorável ao aparecimento de muitas doenças, sobretudo as dermatológicas. Fora desses ambientes, outro fator de risco à saúde são as festas populares. Elas unem calor e bastante contato humano, o que favorece a proliferação de doenças infecciosas. Para se prevenir delas, é preciso adotar cuidados diferenciados, conforme apontam especialistas.

Segundo a Agência Einstein, as doenças mais comuns no verão brasileiro são micoses, bicho geográfico, insolação e queimadura, queimadura por limão, conjuntivite, arboviroses (dengue, zika e chikungunya), viroses e infecção alimentar. São doenças que registram casos o ano todo, mas têm maior recorrência na alta estação por conta das altas temperaturas e comportamentos adotados nesse período.

A médica Ana Lísia Giudice, dermatologista do Hospital Mater Dei Salvador e integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Bahia (SBD-BA), cita outras duas doenças que deveriam integrar essa lista: as brotoejas e o ressecamento de pele. “As brotoejas nas crianças são bem frequentes, assim como as doenças que são pioradas pelo calor, transpiração e excesso de banho quente e sabonete. Esse é o caso do ressecamento de pele, que acomete principalmente os idosos e causa coceira”, aponta.

As doenças de pele mais comuns nesse período são a insolação e queimadura, sendo que a queimadura por limão é uma das mais recorrentes, sendo até mesmo categorizada à parte. “Normalmente, a queimadura acontece quando as pessoas estão tomando suco de limão pela manhã, bebendo bebidas à base de limão na praia ou usando detergente à base de limão. Muitas vezes aquilo respinga e a pessoa lava só com água e acha que é suficiente, mas não é”, afirma a especialista.

“É preciso lavar com sabão, porque a substância com limão, quando é exposta ao raio ultravioleta, se torna cáustica e acaba queimando a pele, fazendo manchas vermelhas e até bolhas. Se for uma região mais extensa do corpo em contato com maior quantidade de limão, ainda pode ter o risco mais grave de fazer bolhas e ser uma queimadura mais profunda”, completa.

Cuidados com a pele

Para prevenir as doenças dermatológicas, os cuidados indispensáveis incluem o uso de protetor solar, chapéus e equipamentos de uso individual, como camisa com proteção UV e óculos escuros. “É bom usar o protetor solar em creme, ficar à sombra e respeitar os horários mais propícios de ir ao sol, que é antes das 10h e após 16h. Existem protetores solares em comprimido, que são coadjuvantes dos protetores tópicos e podem ser associados para melhor proteção”, detalha a dermatologista.

Outra recomendação é quanto a necessidade de secar bem o corpo após o banho. É aconselhável secar os dedos do pé, a virilha, embaixo das mamas, as axilas e a parte entre os glúteos. Essa ação simples costuma evitar a presença de fungos e bactérias. Ainda, outra atenção no banho é com a quantidade de vezes que se usa o sabonete, visto que, em excesso, há perda de barreira cutânea, o que faz com que haja facilidade de aquisição de bactérias a piora da dermatite atópica para quem já tem o quadro.

“O uso de sabonete no corpo todo deve ser restrito a um banho por dia. Nos outros banhos, deve-se lavar com sabonete as áreas com maior concentração de suor, como axilas e virilha. O ideal é evitar banho quente e usar hidratante após o banho para que a pele não fique ressecada”, orienta Ana Lísia Giudice.

Doenças infecciosas: risco e prevenção

Entre as doenças infecciosas mais comuns no verão, a dengue é apontada pela infectologista Clarissa Cerqueira como a de maior risco. Ela aparece subitamente com sintomas como febre alta, dor no corpo, dor atrás dos olhos, náuseas e vômitos, e, caso evolua para o estágio mais grave, pode levar o paciente à óbito.

Na Bahia, os primeiros dez dias de 2025 computaram 80 casos prováveis da doença e 14 cidades declararam epidemia. No ano passado, os registros da arbovirose explodiram: foram mais de 233 mil entre os baianos. Além da dengue, a chikungunya também teve aumento de casos: 16.631 em 2024 contra 15.558 no ano anterior. Na contramão desse cenário, os casos de zika diminuíram entre 2023 e 2024.

Uma vez que todas as três doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito – Aedes Egitpy –, o recomendado é buscar ajuda clínica para ser diagnosticado corretamente, além de se atentar aos sinais. “Todas podem causar os mesmos sintomas. A zika chama atenção por conta de uma conjuntivite bilateral e dor nas articulações mais frequentes”, pontua Clarissa Cerqueira.

Quanto à chikungunya e a dengue, as diferenças são descritas por Claudilson Bastos, infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde. “Se a dor nas articulações e artrite forem significativas, é mais provável que seja chikungunya. Se além da febre e dor de cabeça houver danos hemorrágicos, sangramento da gengiva e nariz, é possível que seja dengue”, diz.

Além das arboviroses, outro ponto de atenção é com a Covid-19, que costuma ter alta de casos no fim do verão. Para evitar essas doenças, bem como as viroses, conjuntivite e rotavírus, o recomendado é tomar uma série de precauções, que vão desde maior cuidado com alimentação até a imunização por meio de vacinas.

“Os cuidados que devem ter com relações aos alimentos é colocá-los em ambientes conservados, checar o tempo de uso deles e até da água que se bebe. É bom restringir a ingestão de alimentos crus apenas a locais de confiança. Além disso, não se expor à água quando chove, usar repelentes, [...], tirar água de pneus e jarros, deixar cobertos tanques e piscinas e se vacinar contra a dengue”, aconselha Claudilson.