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Wendel de Novais
Publicado em 3 de abril de 2024 às 05:30
Quem quiser adotar um ou mais gatos dos 250 da Colônia de Piatã, que estão sendo transferidos para uma ONG nesta terça-feira (2), ainda pode conseguir abrigar os felinos em sua casa. É que, apesar da transferência, os gatos vão estar disponíveis para adoção depois de passarem por um processo de triagem e vermifugação. A Doce Lar, que é responsável por acolher os animais, tem dois canais de contato para início do processo: o Instagram no perfil @adocaodocelar10 e o número de telefone (71) 99962-1189.
Sara Alban é diretora da Doce Lar e destaca que os animais logo vão estar prontos para ganharem um novo lar. Porém, quem quer adotar já pode entrar em contato de imediato e cumprir algumas exigências. “Precisa ter residência fixa e uma renda porque a gente tem que pensar que vão existir gastos para manter o animal. Ele precisa de alimentação, de veterinário. Então, nós temos que estar prontos para poder dar esse passo importante de adotar. Toda família da casa, inclusive, precisa concordar, é muito importante. Não adianta você querer adotar e um pai não quer, o gato precisa ser bem-vindo", fala a diretora.
Na Doce Lar, são realizadas entrevistas com quem se candidata a ser tutor para analisar se a pessoa tem condições e a certeza de que quer adicionar um animal a seu convívio no longo prazo.
“Precisa ter a certeza e o compromisso de pelo menos 20 anos, como um filho, uma vida que vai estar sob sua responsabilidade. A gente tem que estar muito certo sobre isso. Os animaizinhos, eles nos dão amor infinito, mas a gente tem que ter a contrapartida de adotar com responsabilidade também. Então, a parte da ONG é a parte de seleção. A gente faz entrevistas para poder selecionar os candidatos e entender se eles estão aptos para o acolhimento e o cuidado desses animaizinhos que vão viver por muitos anos”, completa a diretora,
Os animais foram realocados em uma ação realizada pela Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência e Proteção (Secis). Titular da pasta, Marcelle Moraes explicou o fim da colônia e detalhou quanto será investido para manutenção dos animais na ONG até que eles sejam adotados.
"A retirada dos animais é uma questão pública e, por isso, entendemos que era necessário retirá-los daqui e promover uma qualidade de vida para eles. [...] Vamos custear o resgate e o acolhimento, promovendo alimentação, vacina e tratamento até a adoção dos gatos com um investimento de R$ 2 milhões por ano", afirma a secretária.
Além da retirada dos animais, a operação é um gatilho para uma obra de requalificação da área onde os animais viveram por anos e da chega de uma fiscalização diuturna por parte da Guarda Civil Municipal para que novos abandonos não aconteçam.