Seman vai fazer cerca de tapumes para evitar acidentes após afundamento do calçadão na Pituba

Calçadão rompeu na madrugada desta quarta-feira (14)

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  • Gilberto Barbosa

Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 15:09

Calçadão da Pituba rompe devido ao avanço da maré
Calçadão da Pituba rompe devido ao avanço da maré Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Parte do calçadão da Pituba rompeu na madrugada desta quarta-feira (14). Segundo informações da Codesal, houve um tombamento da alvenaria de pedra. O rompimento teria sido causado pelo avanço da maré. Pela manhã, equipes da Secretaria de Manutenção (Seman) estavam no local para avaliar a situação da estrutura. Ainda não há informação de quanto tempo a região ficará isolada.

Segundo moradores, desde a tarde de terça-feira (13) era possível ver rachaduras na estrutura. "Eu passei por aqui ontem às 16h30 e percebi que o piso estava muito afastado. Me afastei da beira com medo de acontecer alguma coisa", afirmou a dona de casa Regina Silva.

O comerciante Wilson Santos, 70, tem uma barraca na próximo ao local onde a alvenaria afundou. Ele conta que o calçadão começou a romper pela manhã. "De manhã, uma parte ali na frente começou a cair. De madrugada, a maré encheu e derrubou o resto", contou.

Outro morador conta que o problema começou com uma fissura no local. "Eu passo por aqui toda manhã. A maré ficou batendo na parede. Fizeram um muro ali embaixo para proteger e ele não aguentou a força da água", disse.

O local é uma região de mar aberto, conhecido pela força da maré. "A areia antigamente ficava até o meio da alvenaria. Com o tempo, o mar foi levando e agora encontrou a alvenaria. Essas pedras aqui não existiam, surgiram conforme a areia era levada", afirmou um comerciante.

Segundo moradores, outros dois casos semelhantes aconteceram na região. Um comerciante conhecido como Roque conta que foi afetado por um problema próximo a sua barraca. "Dá pra ver que tem uma área na calçada que é nova. Eu precisei ficar um ano fora daqui por causa disso", contou.

Equipes da Seman estiveram no local na manhã desta quarta-feira (14) e isolaram a área rompida. "Vamos fazer uma cerca de tapumes para evitar acidentes. Enquanto a maré não avançar, não tem risco de aumentar o afundamento", afirmou o engenheiro, Paulo Argolo.

Segundo Paulo, o avanço da maré é o responsável pelo afundamento. "O mar bate na alvenaria e vai puxando o material da base. Isso contribui para o rompimento. Nesse trecho, o avanço do mar é maior e não tem o muro protegendo da força das águas", detalhou.

Até o final da manhã de quarta-feira, a faixa de areia ainda não havia sido isolada. Um muro de contenção próximo ao local apresentava rachaduras. "Não deu para isolar antes porque a maré estava batendo na alvenaria. Agora que o mar recuou, vamos colocar uma proteção e avaliar sobre a retirada das partes soltas para não causar acidentes", explicou.

Segundo a Prefeitura de Salvador, tapumes estão sendo colocados no local para o início dos serviços de reparo. Técnicos da Superintendência de Obras Públicas (Sucop) vão até a região para avaliar a situação e decidir quais medidas serão tomadas para o conserto da alvenaria. Ainda não há previsão de prazo para a conclusão do serviço.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro