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Vai ter vacina de dengue no SUS? Saiba como está o processo de incorporação

Imunizante de empresa japonesa foi aprovado pela Anvisa em março

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 15 de novembro de 2023 às 05:00

Vacina Qdenga é vendida até 116% mais cara em Salvador
Vacina Qdenga é vendida até 116% mais cara em Salvador Crédito: Arisson Marinho/ CORREIO

Em março deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da vacina Qdenga, da empresa japonesa Takeda Pharma Ltda., no Brasil. Naquele momento foi dado o primeiro passo para que o imunizante fosse incorporado no Sistema Único de Saúde (SUS). Mas, até agora, não há previsão oficial para que a vacina esteja disponível de forma gratuita e ampla para a população.

O maior obstáculo para incorporação da vacina no SUS é financeiro, segundo o Ministério da Saúde. A pasta afirma que implementar o imunizante traria um impacto de R$9 bilhões em cinco anos, considerando as faixas etárias de 4 e 55 anos propostas pela farmacêutica. Atualmente, a vacina está disponível somente na rede privada.

Em outubro, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) realizou questionamentos à fabricante sobre o preço proposto por dose e a capacidade de produção do imunizante. A Takeda Pharma, por outro lado, acredita que a aprovação do processo de incorporação pela Conitec aconteça a partir de janeiro, no mais tardar abril,. O imunizante já foi aprovado em mais de 30 países.  

“A Takeda quer priorizar o acesso à Qdenga no Brasil. Temos confiança de que a aprovação chegará em janeiro, no mais tardar em abril. Não vamos medir esforços para prover e priorizar a vacina para a população brasileira e estamos à disposição do governo para negociar e discutir possibilidades”, defendeu Vivian Kiran Lee, diretora médica da Takeda Brasil.

O assunto foi debatido durante o webinar Dengue: O Impacto da Doença no Brasil, realizado pela farmacêutica Takeda, na manhã de terça-feira (14). “Somente no dia 13 deste mês nós recebemos um ofício da Conitec com dez perguntas adicionais e nós temos cinco dias úteis para responder”, completou Vivian Kiran Lee. 

Em julho, um levantamento realizado pelo CORREIO revelou que ao menos sete laboratórios de Salvador cobram valores acima do preço de fábrica para a aplicação da Qdenga. O imunizante começou a ser vendido por valores até 116% maiores do que o valor estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), que é de R$ 277,52.

A vacina

A Qdenga é a primeira vacina aprovada no Brasil para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue. Os ensaios clínicos foram realizados em cinco núcleos de estudos no Brasil, incluindo o Centro de Pesquisa Clínica das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em Salvador.

Ao longo dos testes, a Qdenga demonstrou ter uma eficácia geral de 80,2% contra a doença após 12 meses da segunda dose. A vacina reduziu em 90% as hospitalizações por dengue.