Universidades estaduais paralisam atividades na Bahia

Paralisação será de 24h

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Publicado em 19 de agosto de 2024 às 16:27

Marina Silva / CORREIO
Marina Silva / CORREIO Crédito: Uneb em paralisação nesta segunda (19)

Os professores das universidades estaduais da Bahia paralisam as atividades por 24h nesta segunda-feira (19). A mobilização contou com um protesto em frente à entrada da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), no Cabula, às 9h, e foi aprovada em assembleia após a categoria rejeitar a proposta de recomposição salarial do governo estadual.

A paralisação inclui a Uneb, Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Como resposta ao Palácio de Ondina, os docentes também vão apresentar uma nova contraproposta. A reunião da mesa de negociação, entre as representações do governo e dos professores, acontece nesta tarde, na sede da Secretaria Estadual da Educação (SEC), em Salvador.

A assembleia da Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) aconteceu na última quarta-feira (14), no campus de Salvador. Professores presentes na atividade entenderam que, embora a proposta do governo tenha sido rebaixada, houve um avanço nas negociações.

Procurada, a SEC informou que mantém permanentemente reuniões com as representações das universidades estaduais e continua aberto ao diálogo com a categoria. A pasta reforçou que, em 2023, o governo do estado contemplou mais de 500 professores das quatro universidades públicas estaduais. Os docentes universitários também tiveram um reajuste complementar de 2,53% e com acréscimos de 0,73% a 2,52%.

“O Executivo assumiu o compromisso de pagar, pelos próximos quatro anos, o valor da inflação do ano anterior. Consideramos isso um fato positivo. Porém, quanto à proposta de recomposição dos salários defasados em quase 35%, segundo os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos [Dieese], o governo só aceita pagar 1% ao ano, também pelo período de quatro anos. A proposta causou indignação entre os professores”, afirmou Clóvis Piáu, o Coordenador Geral da Aduneb.

A orientação dos sindicatos é que os professores façam atividades de mobilização em todas as cidades do Estado que possuam campi das universidades estaduais (Uebas), a exemplo de panfletagem, rodas de conversa, utilização de carros de som, faixas e visitas a emissoras de rádio.

A proposição foi elaborada tendo como parâmetro os ganhos reais conquistados pela categoria no governo Jaques Wagner, também do PT. Assim, o Movimento Docente reivindica o pagamento das perdas inflacionárias do ano anterior (com base nos índices do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA), e acrescenta um reajuste de 4,5% de recomposição salarial, a ser pago em 1º de janeiro (data-base da categoria), pelos próximos três anos.