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Wendel de Novais
Publicado em 3 de fevereiro de 2025 às 11:34
Quem pensou que, após a limitação de sombreiros, poucas seriam as pessoas que optariam pelo serviço no Porto da Barra, se enganou. Pelo menos, é isso que a faixa de areia da praia mostra na manhã desta segunda-feira (3). Diferente do que se viu na semana passada, há mais banhistas abrigados pelos itens oferecidos por barraqueiros do que os que optam por aproveitar a praia apenas com uma canga. O motivo, de acordo com os profissionais, é simples: há demanda. >
Um permissionário, que prefere não se identificar por conta da polêmica recente, afirma que houve um exagero nas manifestações contra o serviço. “Do jeito que estavam falando, parecia que ninguém quer o nosso sombreiro. Só olhar para a areia aí e ver que não é bem assim. Tem muito mais gente com sombreiro do que pessoas que estão na canga ou trouxeram sua própria barraca. Os meus 10 sombreiros, por exemplo, já estão em uso”, fala. >
Apesar da faixa de areia ser dominada pelos sombreiros, a reportagem viu apenas itens colocados sob demanda e não vazios, como antes. Quem optou pelos sombreiros, como a turista Fernanda Passos, 34 anos, explica que não consegue ficar na praia sem uma proteção contra o sol.>
“Cheguei agora às 10h e só pretendo ir embora depois que o sol for também. Então, minha pele não aguenta esse tempo todo tomando sol, mesmo usando protetor solar. Acho que era insolação na hora”, brinca ela, que até ficou na dúvida se acharia sombreiro para alugar e fez questão de vir cedo para não acabar.>
Se quem queria sombreiro está satisfeito com a situação, os banhistas que optam por canga também estão. “A minha questão nunca foi acabar com os sombreiros. Tem muita gente que gosta e precisa usar. O meu problema é que eles [os permissionários] estavam fazendo de um jeito que impedia quem usa canga ou tem seu sombreiro usar a praia. Desse jeito, está ótimo”, avalia Larissa Maia, 26, que foi à praia nesta segunda-feira.>
Após a limitação da Prefeitura, que é fiscalizada pela Secretaria de Ordem Pública (Semop), cada permissionário pode colocar, no máximo, dez sombreiros, dez mesas e trinta cadeiras na areia. Os trabalhadores entendem que o número causa prejuízo, mas a gestão aponta que há 35 permissionários na praia e que mais do que isso afetaria o equilíbrio.>