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Um comprimido por dia contra o HIV: cinco coisas todo mundo precisa saber sobre a PrEP

Disponível gratuitamente pelo SUS, Profilaxia Pré-Exposição dobra o quantitativo de distribuição no país

  • Foto do(a) author(a) Priscila Natividade
  • Priscila Natividade

Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 19:35

Meta do Ministério da Saúde é eliminar a doença como problema de saúde pública até 2030
Meta do Ministério da Saúde é eliminar a doença como problema de saúde pública até 2030 Crédito: Agência Gov / Via Ministério da Saúde

A combinação de dois medicamentos antirretrovirais em apenas um comprimido: o tenofovir mais a entricitabina. Dá para prevenir a AIDS além do uso de camisinha? Com objetivo de evitar novas infecções, a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV dobrou no último ano, quando saiu da marca de 50,7 mil usuários no final de 2022 para mais de 100 mil. Alcance recorde da adesão ao método de prevenção combinada, diante da meta do Ministério da Saúde em eliminar a doença como problema de saúde pública até 2030.

Até lá, a estação mais quente do ano está aí e o amor de verão também, assim como o Carnaval, época em que se intensificam as campanhas que fomentam a redução de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Na Bahia, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), em 2023 e 2024 foram notificados respectivamente 3.158 e 2.510 casos de HIV no estado, que possui 32 serviços que dispensam a PrEP (confira a lista aqui). Vale ressaltar, inclusive, que os dados de 2024 ainda são preliminares.

Atualmente, segundo números da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em Salvador, foram notificados 1.359 casos positivos. Por mais que já tenha um bom tempo que o método tenha sido incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) - mais precisamente no final de 2017 -, muita gente ainda tem dúvidas sobre a distribuição gratuita do medicamento que reduz em até 90% a infecção pelo HIV.

Uma pílula diariamente, no entanto, não dispensa o uso da camisinha, como explica a sanitarista e gerente da Atenção Especializada da SMS, Helena Lima. Até porque a PrEP não protege o corpo de outras infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis, clamídia e gonorreia, por exemplo. O método é que também não é uma vacina, na verdade, funciona como uma prevenção a mais e essa proteção contra o HIV só é garantida se a medicação for tomada diariamente com orientação e acompanhamento do serviço de saúde.

“Antes de utilizar o método, o indivíduo vai passar por uma avaliação e nessa avaliação vai ser realizado o teste para saber do estado sorológico em relação ao HIV. É importante que, antes de iniciar a medicação, não haja exposição prévia de maior risco, como, por exemplo, sexo sem proteção ou algum tipo de compartilhamento de objetos perfurocortantes que têm contato com sangue ou outras secreções, porque são situações de risco para a infecção”.

"Antes de utilizar o método, o indivíduo vai passar por uma avaliação e nessa avaliação vai ser realizado o teste para saber do estado sorológico em relação ao HIV"

 Helena Lima

sanitarista e gerente da Atenção Especializada da SMS

Em geral, Helena esclarece que a profilaxia é indicada para pessoas em situação de vulnerabilidade de contágio pelo HIV: "O público-alvo é aquele indivíduo que frequentemente passa por situações de maior vulnerabilidade – ou seja, aquele que faz sexo sem camisinha, ou porque esqueceu, furou o preservativo ou não utilizou alguma estratégia de proteção. Profissionais do sexo também são um grupo interessante para fazer o uso do método”, recomenda. Quer saber mais sobre a PrEP? A especialista listou, a seguir, mais cinco dúvidas sobre a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV. Confira.

1.Qual a diferença entre PrEP e PEP?

A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) é a medicação tomada com frequência antes do contato sexual. Já a Profilaxia Pós-Exposição de Risco (PEP) ao HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) é uma estratégia de prevenção que deve ser iniciada em até 72 h após uma exposição de risco ao HIV, sobretudo, em casos de sexo consentido sem uso de preservativo ou situação de violência sexual.

2.Quem pode tomar a PrEP?

Pessoas sexualmente ativas que não estejam infectadas pelo vírus HIV, com idade a partir de 15 anos. Vai ser necessário fazer o teste anti-HIV, realizar exames de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e checar, por meio de um exame de sangue, se os rins e o fígado estão funcionando bem.

3. Qual é a frequência de uso do medicamento?

A pílula contém duas substâncias: o tenofovir e a entricitabina. A medicação deve ser tomada diariamente por 28 dias, de acordo com as orientações e o acompanhamento do serviço de saúde. Deixar de tomar um dia, dividir a sua dose com o parceiro/ou parceira sexual compromete a eficácia da PrEP. Ou seja, se o usuário não tomar a medicação diariamente, pode não haver concentração suficiente do medicamento na corrente sanguínea para bloquear o vírus. Com relação ao tempo que leva para fazer efeito no organismo, se o usuário faz sexo anal, a PrEP leva sete dias para proteger do HIV. Já no tecido vaginal, o período é de 20 dias.

4. A profilaxia está disponível gratuitamente pelo SUS, mas também é possível comprá-la na farmácia?

A avaliação com o profissional de saúde é extremamente importante. Sim, a profilaxia também é comercializada nas farmácias. No entanto, ninguém deve utilizar a PrEP por conta própria. O seu uso é regular de acordo com a prescrição do serviço de saúde.

5. Como ter acesso à PrEP nos postos de saúde?

Em Salvador, a prefeitura conta com três serviços de atenção especializada: o Serviço de Atenção Especializada (SAE) Marymar Novaes (Rua Arthur Bernardes nº 1, Dendezeiros | (71) 3202-1606), o Serviço Municipal de Assistência Especializada (SEMAE) Liberdade (Rua Lima e Silva, n° 217, Liberdade | (71) 3021-7329) e SAE São Francisco (Rua do Carro, nº 72, Nazaré | (71) 3611-2982). Essas unidades contam com uma equipe multiprofissional onde é possível solicitar uma avaliação e, a partir daí, utilizar o medicamento e o acompanhamento.