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Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2023 às 10:19
A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) a partir de agora conta com um novo espaço. O pavilhão de aulas 3 do campus de Cruz das Almas foi inaugurado na última segunda-feira (17). O prédio tem 4.228,80 metros quadrados e custou R$ 6.453.420,38. O edifício atenderá cerca de 3 mil estudantes de graduação e pós-graduação. As obras do Pavilhão de Aulas 3 ficaram paralisadas por um período, em decorrência de problemas financeiros da empresa vencedora da licitação, que desistiu do contrato; e de sucessivos cortes orçamentários, nos períodos seguintes, que recaíram sobre as universidades públicas federais. A construção foi retomada e concluída recentemente, com recursos do Ministério da Educação, que contribuiu financeiramente para a finalização da obra.
Graduanda de Ciências Exatas e Tecnologia da UFRB, Lívia Ludmila recordou que a inauguração do Pavilhão de Aulas 3 do Campus de Cruz das Almas era um sonho sem previsão para os estudantes. “Eu ingressei aqui na universidade, em 2018, e escutei muitos alunos falarem que era uma construção sem previsão de entrega. Passei a acreditar que eu me formaria sem vivenciar esse espaço, sem aproveitá-lo, porque a gente, que está a cada dia dentro da universidade, sabe das nossas necessidades de ter uma sala para estudar, para realizar uma atividade”, pontuou. Durante a inauguração, Lívia recitou um poema destacando a sua força e poder, como mulher preta, ao ter a oportunidade de estudar.
O reitor da UFRB, Fábio Josué Santos, considerou a inauguração um momento de alegria, devido ao tempo em que as obras do novo campus da Universidade ficaram paradas. “Quero falar do futuro. E ele é isso aqui, a entrega do Pavilhão de Aulas 3; a inauguração de novas obras; novos investimentos; a retomada de políticas de financiamento da assistência estudantil, fundamentais para a nossa universidade; a abertura de novos concursos, o reconhecimento da universidade como espaço de produção de conhecimento de desenvolvimento científico e de inclusão”. Também agradeceu o apoio financeiro do MEC para a conclusão das obras do campus de Cruz das Almas.
Georgina Gonçalves, reitora eleita da UFRB, também comemorou por ver o pavilhão inaugurado e considerou o momento de reparação para a comunidade acadêmica. “Esse é um momento de alegria, mas também de continuidade de proposições, de avanços e consolidação desse projeto tão sonhado por tantos e tão conquistado por muitos, que é a UFRB. Nós estamos emocionados de ver o novo ministro da educação”, afirmou. Também destacou para Camilo Santana a importância da mulher preta na universidade, bem como a necessidade de colocar em prática as ações afirmativas. “Precisamos discutir, aprofundar e radicalizar essas proposições. Tenho certeza de que posso contar com seu apoio”, afirmou a futura reitora.
Durante a cerimônia, o Ministro de Educação, Camilo Santana, garantiu para a reitora eleita da UFRB, Georgina Gonçalves, a transferência de recursos para a conclusão da obra do complexo da universidade, assim como para a finalização da construção da sede do Centro de Ciência e da Saúde da UFRB. “Nenhuma obra ficará paralisada na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia”, afirmou.
Ainda sobre investimento, o ministro da Educação também informou que o Governo Federal lançará o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com mais recursos voltados para a Educação. “Queremos garantir e honrar o compromisso que lá atrás foi garantido pela presidente Dilma e pelo presidente Lula, de que toda universidade criada naquela época e que não foi concretizada, nós vamos trabalhar para concretizar e realizar esse sonho de vocês, inclusive o pessoal de Nazaré [município da Bahia].
Além disso, destacou as iniciativas do governo federal para a educação, realizadas nos primeiros seis meses de gestão, e ressaltou a importância das políticas públicas para a inclusão na educação. “Foram as políticas do presidente Lula, de interiorização das universidades, do Prouni, do Reuni, do Fies e da Lei de Cotas, que garantiram que a grande maioria dos estudantes das universidades federais, que hoje são negros e pardos, filhos de pedreiros e de empregadas domésticas, pudessem se tornar doutoras e médicas nesse país”.