Tratamento de saúde é o que mais faz baianos viajarem, revela IBGE

Bahia tem o maior percentual de viagens para fins médicos do país

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 13 de setembro de 2024 às 16:30

BR-324 é a que mais registra atropelamentos na Bahia
Razão de 37,7% dos deslocamentos realizados no estado Crédito: Paula Fróes/CORREIO

A busca por tratamentos de saúde foi o que mais motivou baianos a viajarem em 2023. É o que revelam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados nesta sexta-feira (13). Viajar para fins médicos foi a razão de 37,7% dos deslocamentos realizados no estado, o maior percentual do país. Em números absolutos, foram 525 mil viagens. 

Só nas duas primeiras semanas de setembro, sete pacientes que viajavam para receber tratamento médico em Salvador morreram em acidentes na BR-324. O primeiro deles aconteceu em São Sebastião do Passé, quando um ônibus que transportava passageiros de Canarana caiu em uma ribanceira. Quatro pessoas morreram. Nove dias depois, uma van que trazia pacientes de Mutuípe colidiu com um caminhão, matando três pessoas. 

Diante dos casos, o Conselho Estadual de Saúde (CES) cobra que os passageiros que se desloquem através do sistema de Transporte Fora do Domicílio (TFD), de responsabilidade dos municípios, tenham direito a seguro de vida

A Bahia foi um dos cinco estados onde tratar da saúde foi o motivo predominante para viajar em 2023 e registrou o maior percentual de viagens pessoais com esse objetivo no país. O estado aparece na frente de Amazonas (36%), Piauí (35%), Maranhão (35%) e Acre (34%). A média nacional é de 19%. 

O índice de baianos que viajam para tratamento de saúde ou consulta médica cresceu 2 pontos percentuais frente a 2021, quando tinha sido de 35,7%. O segundo motivo que mais motivou viagens na Bahia foi visita ou evento de familiares e amigos (28,9%). As viagens para lazer ganharam destaque em relação a 2021, subindo de 20,7% para 24,5%, e, 2023, mas continuam em terceiro lugar no ranking. 

Os dados do IBGE revelam ainda que se hospedar em casas de amigos ou parentes foi opção em quase metade (47,6%) das viagens, seguido de hoteis (9,6%), pousada (6,9%), imóvel por temporada (3,4%) e imóvel próprio (2,9%).