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Trabalhadores da construção pesada protestam por mais contratações nas obras do VLT

Ato aconteceu no bairro da Calçada, nesta sexta-feira (29)

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 29 de novembro de 2024 às 09:04

Protesto na Calçada
Protesto ocorreu na Calçada Crédito: Divulgação

Cerca de 350 trabalhadores participaram na manhã desta sexta-feira (29) de uma manifestação no canteiro de obras do Lote 1 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no bairro da Calçada, em Salvador. Segundo a categoria, a construção está paralisada e, na segunda-feira, haverá uma nova assembleia.

A principal queixa é a falta de contratação de mão de obra local. O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia (Sintepav-BA) informa ainda que a situação se agrava com a ausência de cumprimento do percentual obrigatório de contratação de pessoas com deficiência (PCDs) e jovens aprendizes, conforme previsto pela legislação trabalhista.

Para o Sintepav-BA, as empresas deveriam priorizar a contratação de mão de obra local, alinhada aos princípios que envolvem a responsabilidade social e o desenvolvimento econômico da região, "mas elas têm optado por contratar profissionais de outros estados, desconsiderando a importância de gerar empregos e renda para a população local, cumprindo parcialmente suas responsabilidades sociais e legais".

Irailson Gazo, presidente do Sintepav, comenta que seria fundamental que fosse estabelecido que 70% dos postos de trabalho fossem destinados a trabalhadores de Salvador, mas, segundo ele, no Lote 1 esse índice é de cerca de 40%. Foi pedida ainda uma fiscalização no Lote 2 [Paripe - Águas Claras], mas a situação seria mais complicada no Lote 1 (Ilha de São João - Calçada).

"É justo deixar uma contrapartida na região onde se investe. É uma obra pública. Precisamos fazer com que a empresa contrate a maioria de trabalhadores daqui. Isso aquece a economia e contribui para a redução do desemprego, tão alto no estado", afirma Gazo. Atualmente, 160 trabalhadores atuam no Lote 1 da obra do VLT.

Outra queixa do sindicato é sobre a qualidade e a composição do café da manhã dado aos operários. Em vez de produtos regionais, como raízes, cuscuz e frutas, o sindicato informa que são servidos apenas dois pães, queijo e café com leite.

Procurada, a Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), responsável pelas obras, disse em nota reconhecer a importância da contratação de mão de obra local, mas que é necessário esclarecer que o percentual de contratação de trabalhadores da localidade pode variar conforme as especificidades e as necessidades de cada etapa da obra.

"A construção do VLT de Salvador e RMS envolve aspectos técnicos e de especialização que, muitas vezes, não são atendidos pela mão de obra disponível no entorno. Desta forma, não é possível estabelecer o percentual sem comprometer os padrões técnicos exigidos", complementa a CTB.

Quanto à qualidade do café da manhã servido aos trabalhadores, a companhia disse estar atenta às necessidades e solicitações apresentadas e que já entrou em contato com o Consórcio responsável pelo trecho. Ainda segundo a CTB, a empresa se comprometeu a revisar e ajustar as opções oferecidas.