Tiroteio em Tancredo Neves deixa 270 famílias sem conexão de internet

Disparos danificaram cabeamento em postes e interromperam serviço no bairro

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  • Wendel de Novais

Publicado em 18 de junho de 2024 às 10:05

Marcas de tiros ficaram espalhadas em carros e casas de Tancredo Neves
Marcas de tiros ficaram espalhadas em carros e casas de Tancredo Neves Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Além da madrugada de terror por conta de tiroteios nesta terça-feira (18), os moradores de Tancredo Neves, nas localidades do Arenoso e do Canal 13, sofrem com um outro problema: a falta de Internet. Os disparos feitos por criminosos atingiram cabos de postes e interromperam a conexão no local. Proprietário de uma empresa que presta serviço no bairro, Claudinei Souza conta que as 270 casas atendidas por ele amanheceram sem acesso à internet por conta do confronto entre os criminosos.

"Eles atiraram para todo lado e acertaram os provedores e também a fiação, o que acabou com o nosso serviço. Das 270 casas que eu atendo, todas estão sem serviço. Porém, não são só elas, tem outras empresas na área que estão fazendo manutenção porque o material deles também foi danificado", conta o empresário.

Segundo ele, equipes da empresa vão precisar trabalhar o dia inteiro para reestabelecer o serviço na região. "Só daqui para o final do dia para conseguir resolver porque é possível que eu precise trocar tudo. Um prejuízo de pelo menos R$ 2 mil para empresa e para o pessoal que vai passar o dia sem o serviço", lamenta Claudinei.

Tiros acertaram provedores e fiação de internet
Tiros acertaram provedores e fiação de internet Crédito: Acervo pessoal

Um morador da região, que teve o carro alvejado e prefere não revelar seu nome, conta que, com empresas maiores, o problema da falta de internet existe há semanas. Ele relata que, por conta da situação de violência que afeta o bairro, empresas demoram a fazer manutenção na área.

"Meu carro teve três furos com esse tiroteio, nem sei estimar o prejuízo ainda, mas esse problema da internet, para mim, tem duas semanas. A gente liga para resolver, só que onde eu moro os técnicos não entram", relata ele, que mora dentro da localidade do Canal 13, onde ocorreram confrontos na madrugada desta terça-feira.

Além da rede de internet e dos carros, diversas casas amanheceram alvejadas por conta do tiroteio. Nas paredes, era possível notar que os buracos foram feitos por balas de grosso calibre.