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Tharsila Prates
Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 08:30
O terreiro Ilê Axé Làjuomim, localizado no Engenho Velho da Federação, em Salvador, se tornou Patrimônio Cultural Imaterial do Estado. Declarado de nação Ketu, o terreiro foi fundado em 1941 e tem a sua origem no tronco ancestral de um dos primeiros terreiros da Bahia, o Terreiro da Casa Branca. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial do Estado do último dia 11.
Os estudos para a chamada patrimonialização do terreiro foram produzidos pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), unidade vinculada à Secretaria da Cultura do Estado (SecultBa). Após conclusão, o Ipac encaminhou o material ao Conselho Estadual de Cultura para que fosse apreciado e encaminhado à Casa Civil para homologação do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Para Marcelo Lemos, diretor-geral do Ipac, o registro é de extrema importância por diversas razões, tanto para a preservação da cultura quanto para o reconhecimento e valorização das tradições afro-brasileiras. “Os terreiros de candomblé são espaços de transmissão de saberes, e reconhecer mais um desses espaços como patrimônio é contribuir para a preservação de suas tradições”.
Sobre o Casa Branca ou Sociedade São Jorge do Engenho Velho ou Ilê Axé Iyá Nassô Oká, foi constituído em uma área aproximada de 6.800 m², com as edificações, árvores e principais objetos sagrados, sendo o primeiro Monumento Negro considerado Patrimônio Histórico do Brasil desde o dia 31 de maio de 1984. É considerada a primeira casa de candomblé aberta de Salvador.