Taxista suspeito de matar a facadas colega de trabalho é liberado pela Justiça

João Rodrigues Barbosa havia se entregado a polícia e admitido ter golpeado vítima com uma faca durante almoço

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Publicado em 15 de julho de 2024 às 17:32

Regivaldo dos Santos Santana
Regivaldo dos Santos Santana Crédito: Reprodução

O taxista suspeito de matar a facadas o colega de trabalho Regivaldo dos Santos Santana, de 51 anos, foi liberado pelo Tribunal de Justiça da Bahia nesta segunda-feira (15). João Rodrigues Barbosa havia se entregado à polícia e admitido ter golpeado a vítima com uma faca durante o almoço. Crime aconteceu no Itaigara, em Salvador.

João estava em prisão temporária desde o dia 14 de junho. Apesar do pedido da defesa de revogação da prisão temporária, alegando, na ocasião, bons antecedentes, idade avançada e problemas cardíacos, João se manteve na prisão e só foi liberado nesta segunda-feira, após conclusão das investigações da 1ª Delagacia de Homicídios (Atlântico) e oferecimento de denúncia do Ministério Público da Bahia (MP). 

Embora tenha ganhado a liberdade provisória, João precisará seguir as medidas cautelares pré-definidas pela Justiça, sendo elas:

  • Comparecimento mensal em Juízo para informar e justificar suas atividades;
  • Proibição de acesso e frequência aos pontos de parada de táxi situados nos seguintes locais: ponto em frente ao Centro Comercial Pituba Parque Center, bairro do Itaigara; ponto do Center Odonto Médico, em frente ao Shopping Itaigara; ponto do Max Center, bairro do Itaigara; Ponto do Shopping da Bahia e do Shopping Salvador; Ponto de parada de táxi que não tenha sido citado acima, mas que esteja a uma distância de 500 (quinhentos) metros dos pontos de parada acima indicados;
  • Proibição de manter contato, por qualquer meio de comunicação, com os parentes da vítima e as testemunhas do fato;
  • Proibição de deixar a cidade, sem autorização judicial.

Relembre o caso

O taxista Regivaldo dos Santos Santana, de 51 anos, estava almoçando uma marmita dentro do carro quando foi atacado e morto com golpes de faca, na tarde do dia 11 de junho, na Avenida ACM. Ele estava no ponto de táxi que fica entre o Maxcenter e o Pituba Parque Center.

Segundo o presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), Denis Paim, Regivaldo e o colega brigaram, há cerca de um mês, por conta de um desentendimento ligado a quem poderia ficar no ponto. Testemunhas contaram que o outro taxista disse que iria "se vingar" de Regivaldo. "Aí hoje, infelizmente, ele surpreendeu o colega dentro do carro, com uma faca de serra", lamentou Denis, que esteve no local do crime. Regivaldo trabalhava como taxista há mais de 20 anos.

Segundo a delegada titular da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), Zaira Pimentel, o suspeito do crime, João Rodrigues , chegou a dizer que não se lembrava, mas acabou admitindo que golpeou o colega. "Ele afirmou que não se recorda, mas admitiu que tanto ele como a vítima estavam com talheres em mãos e que ele deu golpes no colega. Nessa briga, ele informou que pessoas tentaram conter os dois, mas admitiu que deu golpes", disse.

De acordo com a delegada, o suspeito disse ainda que existe um grupo de WhatsApp onde acontece uma espécie de monopólio de determinados pontos de táxi, que impede outros taxistas de pararem os carros nesses espaços. Isso teria motivado a briga entre João e a vítima. "Ele [o suspeito] disse que a vítima o procurou no dia do crime e começou a insultá-lo e a partir daí teve a briga, mas ele não se recorda de ter esfaqueado a vítima", contou.