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Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2023 às 18:46
Suspeitos do assassinato de Sara Mariano, ministro Gideão Duarte e bispo Zadoque, foram transferidos para o Centro de Observação Penal (COP), no Complexo Penitenciário da Mata Escura, nesta sexta-feira (17). A defesa de Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como Bispo Zadoque, ainda aguarda saber se o cliente permanecerá no COP ou se irá ser movido para a Baixa do Fiscal. >
“A defesa está trabalhando para angariar elementos que possam fundamentar novo pedido de revogação, tendo em vista a prisão do Gideão ser desproporcional, no sentir da defesa, vez que ele tem contribuído para as investigações, com residência fixa, trabalho lícito e sem nenhum indício de que em liberdade causaria qualquer dano as investigações” relata advogado de Gideão, Carlos Augusto Vaz.>
Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como Bispo Zadoque e o ministro do evangelho Gideão Duarte foram presos pelo envolvimento na morte da cantora gospel. A prisão dos suspeitos é temporária, o que significa que a polícia tem 30 dias para apresentar provas e concluir o inquérito.>
O bispo Zadoque estava em um culto no bairro da Gameleira, na Ilha de Itaparica, quando recebeu a visita dos policiais. Segundo o advogado dele, Dielson Monteiro, o suspeito não ofereceu resistência. “Ele estava sentado quando dois policiais chegaram, chamaram ele no canto, conversaram e ele se entregou, sendo levado para a delegacia”, afirmou. >
A defesa disse que, à primeira vista, não viu ilegalidade na prisão, mas frisou que assumiu o caso na quarta-feira (15) e que ainda vai analisar o processo com calma. Haverá uma reunião no escritório, nesta quinta-feira, entre os advogados de defesa para discutir o caso.>
Já o ministro do evangelho Gideão estava em casa com a mulher e os dois filhos, de 7 e 9 anos, em Camaçari, quando os policiais chegaram. O advogado dele, Carlos Augusto Vaz, afirmou que não houve resistência, mas considerou a prisão desproporcional. Ele disse que o cliente tem residência fixa, não tem antecedentes criminais e que Gideão está colaborando com a investigação.>
“A prisão foi mantida porque o Ministério Público entende que a prisão é necessária para que as investigações se desenrolem de maneira mais eficiente. A defesa não concordou com isso. O Gideão tem auxiliado a polícia, ele tem interesse que mais rápido possível se elucide esses fatos. Vamos continuar guerreando contra essa prisão”, afirmou Vaz.>
Segundo a polícia, a morte da pastora Sara Mariano começou a ser planejada em 24 de setembro. O marido dela, o produtor musical e também pastor, Ederlan Mariano, está preso suspeito de ser o mandante do crime. A motivação foi problemas conjugais. A polícia não forneceu detalhes, mas a suspeita é de que a vítima tenha tido uma relação extraconjugal.>
Um mês depois, na noite de 24 de outubro, Sara Mariano saiu do bairro de Valéria, em Salvador, para participar de um suposto evento religioso em Dias D'Ávila, e nunca mais foi vista. O marido prestou queixa na delegacia relatando o desaparecimento, e três dias após o sumiço o corpo da pastora foi encontrado carbonizado às margens da BA-093, na altura de Dias D’Ávila.>
A polícia descobriu que Gideão foi o motorista por aplicativo que buscou Sara Mariano em casa naquela noite. Ele já havia dirigido para a pastora em outros momentos. O veículo fez uma parada no meio do caminho, a vítima desceu e entrou em outro veículo. É o que alega Gideão.>
Os investigadores apuraram que o bispo Zadoque estava no carro em que Sara entrou. A polícia investiga a participação dos dois e de Ederlan no desaparecimento e na morte da cantora gospel.>