Suspeitos de matar homem e agredir mulher em Caraíva são envolvidos com tráfico, diz delegado

O principal suspeito, Davisson Sampaio, já possui dois mandados de prisão em aberto por outros homicídios

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Publicado em 15 de fevereiro de 2024 às 09:51

João Vitor Barbosa Porto (esquerda) e Davisson Sampaio dos Santos (direita) são procurados pela polícia Crédito: Reprodução

A Polícia Civil identificou dois dos três suspeitos de matar um homem e agredir uma jovem no último domingo (11) no distrito de Caraíva, em Porto Seguro, no Extremo Sul do estado. De acordo com o delegado Laerte Neto, responsável pelo caso, Davisson Sampaio dos Santos, 22, e João Vitor Barbosa Porto, 24, conhecidos como “Alongado” e “Ratinho, Rato ou RT”, respectivamente, seriam integrantes de uma facção que comanda o tráfico de drogas na região.

Conforme relatado no depoimento da vítima, a mulher estava na Padaria do Xandó, região periférica de Caraíva, quando ofereceu para Davisson dois micropontos (selos) de LSD em troca de um pino de cocaína. Ao perceber que a jovem possuía, na verdade, 15 micropinos da droga, o homem e mais dois companheiros começaram a agredi-la por achar que ela estaria traficando na região.

“Ela saiu [da padaria] e foi para o meio da rua. Ela encontrou o Gleidson por acaso que é amigo dela e ele tentou ajudá-la. Eles saíram pelo meio da rua e os três homens pegaram a moto e o mataram”, conta o delegado. Gleidson Gomes da Silva,37, foi atingido por quatro disparos, um na testa e três na região do tórax, e morreu.

Segundo Laerte, o principal suspeito, Davisson, possui dois mandados de prisão em aberto por outros homicídios, além de crimes relacionados ao tráfico de drogas. Ainda no domingo, um terceiro mandado de homicídio qualificado foi emitido, com o acréscimo da conduta tipificada como tortura, pela agressão à jovem. "[Davisson] é justamente um dos caras mais perigosos lá de Caraíva e Xandó [...] ele é um dos líderes do tráfico e dos crimes contra a vida correlatos ao tráfico".

Os três suspeitos são procurados pela polícia, que aponta dificuldades para acesso na região e pede a colaboração da população com informações sobre a localização dos suspeitos. “O que acontece lá em Caraíva e Xandó, é que é um lugar de difícil acesso, porque tem o Rio Caraíva que separa Trancoso e Nova Caraíva, de Caraíva e Xandó. É muito difícil a gente chegar despercebido, então precisamos de dicas da comunidade de onde eles estão”.