Suspeito de torturar e matar pintor que impediu estupro de filha é preso em Salvador

Segundo polícia, vítima foi torturada por cerca de 4 horas dentro de casa, na presença da mulher e da filha

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2024 às 17:46

Pintor Josenilson Souza Vitorino
Pintor Josenilson Souza Vitorino Crédito: Bruno Wendel/CORREIO

Foi preso nesta quinta-feira (4) um homem suspeito de torturar e matar um pintor em março deste ano, em Cajazeiras X. Josenilson Souza Vitório, de 47 anos, foi atacado depois de ajudar a evitar o estupro da filha.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi preso por equipes da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central). Outros dois suspeitos de envolvimento no crime foram presos em 5 de abril, no bairro de Águas Claras.

As investigações mostram que o pintor foi torturado por quatro horas, dentro de casa, na presença da companheira e da filha.

O suspeito foi encaminhado à Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), onde seguirá custodiado à disposição da Justiça. Outros suspeitos de participarem do homicídio já foram identificados e estão sendo procurados.

Brutalidade

"Ele apanhou de barrote, mangueira, tubo de PVC. Quebraram vários ossos do corpo dele. Ele foi socorrido pela comunidade até o Hospital Municipal, mas já chegou rígido. No trajeto, ele pediu para a mulher cuidar dos filhos e ainda disse: 'Senhor, entrego a ti a minha alma'", contou um dos moradores da Rua Antonieta, onde o crime aconteceu.

Segundo a testemunha e outros vizinhos da vítima, na sexta à noite (21), o tio de Lucas tentou estuprar a filha de Josenilson, uma jovem de 13 anos. "Ele puxou ela pelo braço e o pai, que estava em casa, ouviu os gritos da menina e foi socorrê-la. Na hora, o tio de Lucas tirou um facão e partiu pra cima, mas Josenilson conseguiu tomar (o facão) e deu uns golpes nele", contou a fonte.

No dia seguinte, a casa do pintor foi arrombada por volta das 9h. "Ele apanhou até às 13h e a família testemunhou tudo. A mulher dele também foi apanhou. Só os filhos foram poupados, a menina de 13, e os meninos, de 15, 9 e 3 anos", contou um outro morador.

Ainda segundo vizinhos, a mulher do pintor foi ameaçada de morte. "O tal do Lucas, o único que estava armado, botou o revólver na cabeça dela e disse: 'Vou pipocar a sua cara de bala. Não chame a polícia'".