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Suspeito de matar Binho do Quilombo é solto pela Justiça

TJ-BA atendeu pedido da defesa, que alega excesso de prazo de prisão preventiva

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 22:15

Binho do Quilombo
Binho do Quilombo Crédito: Reprodução

Willian Portugal Brito, suspeito de envolvimento no assassinato de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, foi solto após determinação do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA). Ele estava preso desde o dia 17 de julho de 2024, quando foi capturado no Salvador Shopping.

Segundo a TV Bahia, a decisão atendeu a um pedido da defesa de Willian, que alegou excesso de prazo da prisão preventiva. Outro argumento utilizado foi de que a acusação faz menção a supostos fatos criminosos que teriam ocorrido em 2017 e ainda não houve denúncia apresentada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Mesmo com a liberdade, o suspeito terá que obedecer a medidas cautelares, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de sair para bares, festas e restaurantes. À TV, a defesa emitiu uma nota dizendo que a decisão foi "extremamente acertada, porque o Ministério Público da Bahia não tinha condições técnicas de oferecer a denúncia contra o investigado".

Ministério Público se pronuncia

Ao ser procurado pelo CORREIO, o Ministério Público informou que aguarda a divulgação de informações requisitadas às Polícias Federal e Civil, em novembro de 2024, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).

Segundo o MP-BA, as informações foram divulgadas parcialmente, conforme respostas enviadas ao MP-BA neste mês, restando pendentes relatório técnico e laudo pericial imprescindíveis à elucidação dos fatos, principalmente sobre a autoria do crime. O conteúdo dessas informações é sigiloso.

“O MPBA está empenhado na responsabilização dos autores do crime, com a designação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), uma unidade especializada em apurações complexas como a do caso em questão”, garantiu a entidade.

Ainda de acordo com o Ministério Público, a instituição tem dialogado com os familiares da vítima, por meio do Centro Operacional dos Direitos Humanos (CAODH), para informá-los sobre o andamento das investigações e compreende as legítimas cobranças deles e da sociedade sobre os desdobramentos penais do caso. “O MPBA reafirma o compromisso, dentro da legalidade e das provas técnicas trazidas, de esgotar todas as possibilidades investigativas para a promoção da Justiça”, garantiu.

Relembre o caso

Binho do Quilombo, que era filho de Mãe Bernadete, morta seis anos depois, estava de carro próximo a uma escola na Rua Esperança, quando foi abordado por homens em um Fiat Strada, de cor branca, em 19 de setembro de 2017. Segundo informações da Polícia Civil, um deles desceu do veículo e atirou várias vezes na direção de Binho.

A vítima tinha acabado de deixar o filho na escola e seguiria para o enterro de uma amiga. Além de liderança quilombola, Binho foi candidato pelo partido Pros a vereador em Simões Filho, em 2016, sendo o 45º mais votado. Ele também tentou o mesmo cargo em 2012.

Mãe Bernadete, também liderança quilombola, foi morta em 2023, dentro de casa, no quilombo onde morava em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ela tinha 72 anos e foi executada com dezenas de tiros. Ao menos três suspeitos foram presos por envolvimento no assassinato da liderança: um foi capturado com o celular da vítima; outro foi encontrado com armas similares as usadas no crime; e o terceiro seria um dos executores.