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Stalker do maestro da Osba é denunciada pelo Ministério Público da Bahia

Carlos Prazeres sofre perseguição de mulher de 33 anos desde 2022

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Santana
  • Fernanda Santana

Publicado em 13 de junho de 2024 às 14:40

Carlos Prazeres, regente da Osba
Carlos Prazeres, regente da Osba Crédito: Divulgação

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP) apresentou denúncia criminal contra a mulher acusada de perseguir, há dois anos, o maestro da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), Carlos Prazeres.

A acusada, que mora em Camaçari e é estudante de uma univesidade pública baiana, foi denunciada pelos crimes de perseguição e uso de identidade falsa.

Prazeres registrou boletim de ocorrência em 2023 contra a mulher de 33 anos, pelos crimes de calúnia, difamação, injúria, perseguição, falsa identidade e injúria racial.

A perseguição tinha começado um ano antes. No início, o maestro passou a receber mensagens de cunho religioso que, em seguida, escalaram para ameaças.

A denunciada, confirmou o MP, criou perfis falsos para perseguir a vítima, a namorada dele, amigos e familiares, "tecendo comentários difamatórios, calúnias e ameaças".

"Os ataques afetaram a vida pessoal e profissional da vítima e de seus conhecidos, levando a registros policiais e bloqueio no Instagram", afirma a denúncia, acessada com exclusividade pela reportagem.

Em uma das mensagens enviadas, a "stalker" escreveu para o maestro: “como tenho acesso ao espiritual fácil, soube que Satanás vai acabar com sua vida (provavelmente você deve ter pecado muito e deu enormes brechas). Se prepare!”.

maestro relatou ao CORREIO, no dia 25 de maio, detalhes da perseguição que enfrenta. "Com certeza tenho medo de que ela vá aos concertos da Osba, afinal os concertos são públicos e, muitas vezes, feitos em locais como igrejas; sem qualquer controle de entrada", contou.

Duas semanas antes de conversar com a reportagem, o "stalking" (perseguição) havia ultrapassado o mundo digital. A mulher foi até a sede de um órgão público onde Prazeres circula a trabalho — será mantido em sigilo por segurança — e deixou uma carta em que atacava o músico.

Os casos de perseguição têm crescido em todo o Brasil. Em 2022, foram 53.918 ocorrências do tipo - 75% a mais que no ano anterior, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Na Bahia, aumentaram de 321 para 1.596. A Polícia Civil não informou à reportagem os números atualizados.