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Da Redação
Bruno Wendel
Publicado em 6 de maio de 2024 às 10:11
Um morador do bairro do Nordeste de Amaralina é uma das testemunhas de acusação do júri popular dos policiais que estão envolvidos na morte do menino Joel. O julgamento, que deve durar até uma semana, começou nesta segunda-feira (6), às 9h, com uma hora de atraso, no Fórum Ruy Barbosa.
A testemunha, que terá seu nome preservado por questões de segurança, contou que viu o momento em que os policiais atiraram. "Vi os policiais atirando, e um deles estava apontando (a arma) para a casa da vítima. Em seguida, ouvi os gritos da irmã de Joel dizendo 'mataram meu irmão'", relatou.
O vizinho negou que os policiais tenham atirado após serem atacados por supostos criminosos. "Só vi os policiais atirando, não houve confronto. Os policiais estavam em frente à residência atirando", disse.
Ele disse ainda que os policiais ameaçaram o pai de Joel, que tentava dar socorro ao filho, e se recusaram a ajudar a criança. "O pai de Joel chegou a se ajoelhar, pedindo que os policiais prestassem socorro a ele, mas eles disseram: 'Se afaste desgraça! Eu vou atirar'".
Para compor o júri, foram escolhidos cinco homens e duas mulheres. Além deles, foram convocadas outras 14 testemunhas, sendo quatro de acusação e 10 de defesa, sendo cinco de cada réu - os réus são o ex-policial militar Eraldo Menezes de Souza e o tenente PM Alexinaldo Santana Souza.