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Só 9% do público-alvo foi vacinado contra a dengue na Bahia

Apenas 15.611 doses da vacina contra a dengue foram aplicadas no estado

  • M
  • Millena Marques

Publicado em 28 de fevereiro de 2024 às 11:00

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, acompanha o início da vacinação contra dengue no Distrito Federal
Crianças de 10 e 11 são o público-alvo Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Apenas 15.611 doses da vacina contra a dengue foram aplicadas na Bahia. O número representa 9% do total do público-alvo, que é de cerca de 170 mil crianças, de 10 e 11 anos. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e foram atualizados às 14h da última segunda-feira (26).

De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, é necessário que os pais sejam responsáveis e iniciem o esquema de vacinação das crianças. “O que é que precisa? A responsabilidade dos pais, a responsabilidade para que leve os seus filhos, porque é o direito da criança tomar a vacina”, afirma.

A imunização começou pelas crianças de 10 a 11 anos e vai avançar a faixa etária progressivamente, assim que novos lotes forem entregues pelo laboratório fabricante, de acordo com o Ministério da Saúde. “O início da vacinação por essa faixa etária é uma estratégia que permite que mais municípios recebam as doses neste primeiro momento, diante do quantitativo limitado de vacinas disponibilizadas pelo laboratório fabricante”, diz trecho da nota do Ministério.

O MS também destacou que a escolha pelo início da imunização nas crianças de 10 a 11 anos também é baseada no maior índice de hospitalização por dengue dentro da faixa etária de 10 a 14 anos.

“O público-alvo da vacinação foi acordado entre os conselhos representantes dos secretários de saúde estaduais e municipais, seguindo a recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, complementa a nota.

Segundo a médica infectologista Áurea Paste, coordenadora da residência de Infectologia do Instituto Couto Maia (Icom), as vacinas são a forma mais eficaz de prevenção e controle de doenças virais. “No caso da dengue, já se tentou com a eliminação dos reservatórios do mosquito, para tentar controlar a doença. Se controla por um tempo, mas infelizmente não se consegue”, afirma.

A médica especialista acredita que as vacinas vão atuar de forma mais efetiva, como aconteceu com a Covid-19. “A vacina mudou completamente a história natural da doença (Covid-19) e com a dengue vai ser semelhante. É necessário que a população adote a vacina com a medida de prevenção mais eficaz”, pontua.

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela