Sindpoc vai fazer 'rondas' nas delegacias para fiscalizar casos de assédio

A iniciativa surgiu por causa da recorrência dos casos de assédio moral, sexual, importunação sexual e abuso de autoridade

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  • Bruno Wendel

Publicado em 1 de outubro de 2024 às 06:30

Sede da Polícia Civil
Sede da Polícia Civil Crédito: Divulgação/Polícia Civil

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc) lança nesta quarta-feira (2), a partir das 9h, o Programa Ronda Policiais Seguras: Ambiente da Polícia Civil da Bahia Livre de Assédio, no Auditório da Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), localizado na Praça da Piedade, centro da capital baiana. Após o lançamento, o sindicato vai fazer rondas nas delegacias de Salvador, Região Metropolitana (RMS) e no interior baiano para fiscalizar e denunciar os casos de assédio.

A iniciativa surgiu por causa da recorrência dos casos de assédio moral, sexual, importunação sexual e abuso de autoridade levantados pelo sindicato e denunciados à Corregedoria da Polícia Civil da Bahia. Dentre os convidados, estarão presentes representantes sindicais, do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA), da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado (SPM-BA), da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (SJDH-BA), da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), sociedade civil, investigadores, escrivães, delegados e peritos técnicos.

O presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, reforçou a importância do servidor trabalhar em um ambiente que atue como uma rede de apoio às vítimas dos diversos tipos de assédio e violência. “As mulheres ficam vulneráveis e, consequentemente, fragilizadas. Muitas vezes, o contexto profissional pode dificultar ainda mais a denúncia, uma vez que atos assim são comumente feitos por pessoas com maior poder hierárquico que a vítima, desencorajando-a. Mesmo com o sentimento de apreensão, é preciso que as mulheres sintam e percebam que ser policial é contar uns com os outros, agir com unidade e com respeito mútuo ”, pontuou o sindicalista.