Simões Filho registra volume de chuva para um mês em três horas

Ruas do bairro Km30 ficaram alagadas após córrego transbordar

Quando perguntados da chuva que atingiu Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), na terça-feira (20), moradores não hesitam em dimensionar o que foi a maior chuva do ano até aqui. “O mundo veio abaixo. Começou 11h e só foi parar lá para às 14h. Fiquei assustada com o tanto de água que desceu”, conta Jéssica Oliveira, 32 anos. De acordo com a Defesa Civil, nessas três horas, o acúmulo de água chegou a 85 mm. No dia como todo, a precipitação chegou a 94mm.

Supervisora da Defesa Civil de Simões Filho, Gabriela Alves afirma que a chuva registrada na terça era, justamente, o que se esperava para 30 dias. “Fechamos com 94 mm de água registrados, o que fez com que a cidade entrasse em alerta vermelho. A questão é que, em um dia ou em três horas, caiu o que se tem em um mês. É um volume de água muito alto e que acaba provocando ocorrências, ainda mais em um período tão curto como vimos ontem”, explica ela.

Após a chuva, de acordo com a Defesa Civil, uma média de 70 solicitações de vistoria foram registradas pelos moradores da cidade. Entre as ocorrências, estavam rachaduras e infiltrações em residências, além de deslizamentos e desabamentos de muros. No entanto, mesmo com o alto volume de solicitações, nenhuma família ficou desabrigada por conta da chuva.

Na região do bairro Km30, ruas ficaram alagadas e carros submersos por conta do acúmulo de precipitação. As residências, invadidas pela água, registraram prejuízos em móveis. Ao menos, 12 famílias precisaram receber assistência por parte da gestão municipal, através do Centro de Referência e Assistência Social (Cras).

“Atendemos 12 famílias que receberam, além de água, cesta básica e um kit com colchão e cobertor de forma imediata. Duas casas, por conta das condições que apresentaram depois da chuva, tiveram a vistoria da Defesa Civil solicitada. Em caso de as famílias precisarem sair, temos o programa de acolhimento com o aluguel social”, conta a assistente social Sandra Araújo.

A região do Km30 é a mais afetada pelas chuvas por estar localizada em uma área envolta por montanhas e às margens do Canal da Muriqueira, um córrego central de Simões Filo, que transbordou com as chuvas.