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Sem salário, 13° e rescisão: servidores protestam após demissão em massa em Lauro de Freitas

Grupo foi até o centro administrativo da prefeitura para cobrar soluções nesta segunda-feira (18)

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 18 de novembro de 2024 às 12:26

Servidores foram até o centro administrativo protestar nesta segunda-feira (18) Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O Centro Administrativo da Prefeitura de Lauro de Freitas ficou lotado durante um protesto de ex-servidores no fim da manhã desta segunda-feira (18). Todos os presentes tiveram os contratos suspensos em um processo de demissão em massa no fim de outubro. A maioria deles, inclusive, afirma não ter recebido o salário relativo ao mês passado, quando ainda estavam trabalhando. Outros receberam a remuneração descontada e também cobram respostas.

Rosenildo Pereira dos Santos é um dos que foram demitidos e não recebeu salário. Além disso, ele, que era servidor da gestão municipal há duas décadas, não teve a sua rescisão paga. "São 20 anos de trabalho para ser demitido sem direitos. Não só eu, são muitos nessa situação. Todos foram demitidos, tanto os de cooperativa como os servidores contratados. Trabalhamos o mês de outubro todo e não pagaram o mês e nem a rescisão", reclama o servidor.

Procurada, a assessoria da Prefeitura de Lauro de Freitas informou que as exonerações aconteceram na última semana e afirmou que os pagamentos estão sendo realizados de maneira gradativa. Segundo Rosenildo, entretanto, milhares de pessoas ainda não receberam os valores referentes ao trabalho feito em outubro, o décimo terceiro do ano de 2024 e a rescisão contratual.

Ex-servidores lotaram corredores do centro administrativo atrás de respostas Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

"Pode colocar aí uma estimativa de mais de 4 mil pessoas. Na semana passada, houve uma demissão de nomeados em massa. No entanto, a gente sabe que o contrato é feito até 31 de dezembro. Então, se de uma hora para outra decidem demitir, além do tempo trabalhado, precisam pagar a rescisão porque não podem deixar as pessoas assim sem o que elas deveriam receber", afirma ele.

Por conta da demissão inesperada, muitos dos ex-servidores afirmam estar passando necessidade e com contas atrasadas, como fala Fernandes da Silva, que trabalhava como agente de portaria desde 2017 na gestão municipal. Ele trabalhou o mês de outubro inteiro até o dia 31, quando foi comunicado que os funcionários seriam desligados da prestação de serviço.

"Não recebi nem 10 centavos. As contas estão todas atrasadas. Não consegui pagar aluguel e tenho crianças em casa para cuidar. As contas de luz e água também estão atrasadas. Eu estou desesperado porque trabalhei para pagar essas contas e não recebi. Não esperava que fizessem isso com a gente. Ainda mais para pessoas que estavam contribuindo em toda a gestão", reclama.

Os trabalhadores se reuniram com representantes da prefeitura no centro administrativo para cobrar por respostas, mas nenhum desses representantes conversou com a reportagem.