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Estadão
Publicado em 23 de fevereiro de 2024 às 11:39
Sem acesso a um sistema de coleta de lixo ou mesmo a caçambas próprias para descarte, 18,4 milhões de brasileiros fazem o descarte final em suas próprias casas ou em terrenos baldios. De acordo com o Censo Demográfico 2022, 15,9 milhões de brasileiros queimam o lixo em suas propriedades e mais de meio milhão o enterra no entorno das moradias.
No ano passado, a coleta direta ou indireta de lixo atendia a 90,9% da população brasileira. A maior parte desse contingente (82,5% do total da população) tinha acesso à coleta domiciliar por meio de serviços de limpeza, enquanto os outros 8,4% depositavam seu lixo em caçambas próprias do serviço de limpeza. Um em cada dez brasileiros, porém, faz descarte irregular.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção da população atendida por coleta direta ou indireta de lixo vem aumentando nas últimas décadas. No recenseamento realizado no ano 2000, 76,4% da população informou ser atendida por serviços de coleta de lixo. O porcentual aumentou para 85,8% em 2010, e no ano passado atingiu 90,9%.
Ainda assim, há grandes discrepâncias regionais. Com 99% do seu lixo recolhido, o Estado de São Paulo apresentou o maior porcentual de população atendida por serviços de coleta, enquanto que os 69,8% dos moradores atendidos no Maranhão fazem com que aquele Estado apresente o pior indicador entre todas as unidades federativas. Apesar disso, o Maranhão foi o Estado brasileiro que mais expandiu a cobertura da coleta de lixo em 12 anos, subindo 16,3 pontos porcentuais em relação ao Censo 2010.
De acordo com o levantamento divulgado nesta sexta-feira, 23, cidades maiores apresentaram os maiores índices de população atendida por serviços de coleta de lixo. Nas cidades com mais de 500 mil habitantes, 98,9% da população informou ter acesso a esse tipo de serviço. Na outra ponta, apenas 78,9% dos moradores tinham acesso à coleta de lixo nos municípios com até cinco mil moradores.