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Sem ar-condicionado e água gelada: alunos da Ufba relatam falta de estrutura para aulas no verão

Alunos enfrentam semestre atípico após greve

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 02:00

PAF 3 é um dos prédios que contam com poucas salas climatizadas Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Os estudantes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) estão passando por um sufoco neste verão em Salvador. Além de estarem estudando no período que tradicionalmente ocorrem as férias, a rotina acadêmica tem sido comprometida por conta do calor. Segundo relatos dos alunos, a universidade não está oferecendo estrutura suficiente para tornar as altas temperaturas suportáveis, visto que há prédios sem ar-condicionado e água gelada, além de baixa potência nos ventiladores instalados.

A manutenção das aulas durante o verão não era uma surpresa, já que, por conta da greve de professores – que durou entre 29 de abril e 26 de junho do ano passado –, o calendário acadêmico precisou ser modificado para compensar o período sem aulas. Desde que o retorno à universidade foi anunciado, os alunos e professores já esperavam um semestre desafiador, mas não contavam com ausência de estrutura adequada para a alta estação.

Ana Paula Almeida, aluna de graduação do curso de Psicologia, estuda no Campus São Lázaro e define a experiência de frequentar a universidade no verão como insuportável. “A estrutura de São Lázaro não comporta ter aulas no calor, porque são salas sem climatização. Alguns ventiladores foram instalados no final do ano passado. São dois para cada sala, que tem turmas cheias e ficam abafadas. Mas os ventiladores fazem barulho, de modo que, em alguns momentos, temos que desligá-los para escutar o que o professor está falando”, relata.

O estudante Alexandre Martins, 23 anos, que cursa Serviço Social e tem aulas majoritariamente em São Lázaro, se queixa das condições do campus. “Há dificuldade de chegar em São Lázaro com os ônibus lotados, sem ventilação. São poucas as salas com ar-condicionado e há ventiladores quebrados. A estrutura do prédio não ajuda na circulação do vento. Tudo isso dificulta a concentração e faz com que os alunos cheguem cansados ou nem vá a faculdade”, conta.

No Campus Ondina, a situação não é diferente no Pavilhão de Aulas da Federação V (PAF 5), onde a estudante Átina Batista, 23 anos, tem grande parte das aulas do Bacharelado Interdisciplinar em Artes. “A estrutura do prédio para lidar com o calor é apenas com janelas e portas abertas, e ainda assim não adianta. [Tem] ventiladores velhos que não fazem tanto vento e só. Isso é um descaso com os estudantes, não acho que uma universidade considerada nota máxima no MEC deva ter esse tipo de estruturação”, reclama.

Por conta da falta de ventilação na sala de aula, as alunas Lígia de Moraes e Brenda dos Santos, ambas com 19 anos, chegaram a trancar uma disciplina do curso de Ciências Naturais. “A sala não tinha ar-condicionado e era insustentável ficar lá. No semestre passado, já existia essa reclamação e era insuportável até para a professora, que às vezes não conseguia dar aula”, afirma Brenda.

“Agora, temos uma aula de Matemática e acontece de o ar-condicionado não funcionar e a professora precisar trocar de sala, senão não consegue dar aula. Aqui, basta andar dois metros para já estar suando, e não tem nem água gelada em alguns prédios”, completa Brenda.

O estudante Jaime Edson, 25, que cursa o Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Tecnologia, diz que se sente de mãos atadas diante do problema que frequentar as aulas se tornou. “A gente não tem o que fazer. Temos que ficar na sala, porque não tem como perder as aulas, e ficar no calor mesmo, porque não tem ventilador para todo mundo. [...] O concreto deixa mais quente a sala, que parece um bloco fechado e dá mais calor ainda. Ficamos derretendo”, detalha.

A reportagem entrou em contato com a Ufba às 14h48 desta terça-feira (21) para saber se estratégias foram adotadas com objetivo de aplacar o calor dentro das salas de aulas e para obter um posicionamento em razão das reclamações dos estudantes. A assessoria de comunicação da universidade disse que, por conta do tempo fornecido para a resposta, com prazo final às 18h, a Ufba não atenderia o pedido do CORREIO. O espaço segue aberto.