Segurança é condenado a mais de 53 anos de prisão por homicídio qualificado na Bahia

Roberto José também foi sentenciado por tentativa de homicídio

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Publicado em 9 de setembro de 2024 às 20:31

Rodrigo Silva dos Santos foi morto a tiros por Roberto José da Silva,  em 2021 Crédito: Reprodução

Um homem foi condenado a 53 anos, sete meses e 15 dias de reclusão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, três tentativas de homicídio duplamente qualificado e posse ilegal de arma de fogo. A sentença de Roberto José da Silva foi anunciada pelo Tribunal do Júri de Itabuna, no sul do estado, no dia 3 de setembro, que reconheceu tanto a brutalidade quanto o caráter premeditado das ações do réu.

A pena total de mais de 53 anos resulta da soma das condenações: 17 anos, 10 meses e 15 dias pelo homicídio consumado, e 11 anos e 11 meses para cada uma das três tentativas de homicídio.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), os crimes ocorreram na madrugada de 24 de julho de 2021, em um terreno ao lado da empresa “Daniela Transportes”, próximo ao Posto de Gasolina Atalaia, na BR-101. Roberto José da Silva aproximou-se das vítimas Rodrigo Silva dos Santos, A.B.F; C.A.A.J e M.S.R; efetuando diversos disparos de arma de fogo.

Rodrigo foi morto no local, enquanto as outras três vítimas , gravemente feridas, sobreviveram ao ataque. As investigações indicaram que o grupo se encontrava no local, que era conhecido como um “ponto de prostituição”, o que teria “provocado a fúria do réu”, que trabalhava como segurança na região.

Conforme apontado na denúncia, as vítimas chegaram ao local em uma caminhonete branca e estacionaram próximo a caminhões. Poucos minutos depois, Roberto se aproximou, questionando suas intenções, e, sem aviso, iniciou os disparos. Rodrigo foi fatalmente atingido na testa enquanto tentava socorrer os amigos.

Uma das vítimas foi baleada no rosto e no braço, sofrendo múltiplas fraturas, enquanto outra foi atingida nas costas e no tórax. Já a terceira vítima não fatal, ferida nos braços, fingiu-se de morta para sobreviver. 

Motivação do crime

Durante a sustentação da acusação, a promotora Caroline Longhi, que atuou no julgamento, relatou que o réu demonstrou irritação com a presença das vítimas nas proximidades do posto, local onde atuava como segurança. “Ao constatar que o espaço estava sendo utilizado para um encontro sexual, Roberto tomou a decisão de abrir fogo contra as quatro pessoas”, disse.

O réu se aproximou “de maneira furtiva”, o que impossibilitou qualquer chance de reação por parte das vítimas. “A condenação de mais de 53 anos reflete a gravidade e a brutalidade dos crimes, assegurando que a violência praticada não fique impune”, concluiu Caroline Longhi.