Secretaria investiga professora por 'premiar' alunos negros com banana em escola de Sussuarana

Situação foi denunciada pela professora e influencer Bárbara Carine

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Publicado em 23 de outubro de 2024 às 21:42

Caso foi registrado no Colégio Estadual de Tempo Integral São Daniel Comboni Crédito: Reprodução

Uma professora de matemática foi denunciada por suspeita de promover um episódio racista contra alunos do Colégio Estadual de Tempo Integral São Daniel Comboni, localizado no bairro de Sussuarana, em Salvador. Um processo administrativo (PAD) foi aberto na instituição para apurar o caso.

O caso se tornou público após uma publicação da professora e influenciadora Bárbara Carine nesta quarta-feira (23). Em vídeo, a escritora contou que a situação ocorreu no dia 10 de outubro e havia sido relatado a ela por um ex-aluno, que hoje é professor no colégio. "Segundo relatos do professor, [a educadora] tem o hábito de fazer essa trilha matemática nas escolas públicas do Salvador", disse.

Segundo Barbara, a dinâmica consistia em uma trilha, em que cada equipe era representada por um macaco. Ao longo da atividade, os alunos avançavam na pontuação até chegar ao final da trilha, com um único grupo vencedor. O prêmio da interação era uma penca de bananas. "Ela leva para a sala de aula, repleta de meninos negros, uma penca de bananas e dá para essa equipe que venceu essa trilha matemática. Os próprios estudantes ficaram extremamente desconfortáveis e procuraram esse professor negro para fazer a denúncia", argumentou.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) informou que foi aberto um processo administrativo para apurar os fatos, ouvindo a gestão da escola, estudantes e a professora. "A SEC reafirma seu compromisso com a Educação Antirracista e o combate a toda forma de preconceito e injustiça", destacou.

Embora a ideia do vídeo tenha sido fazer com que o "caso não caia no esquecimento da Secretaria de Educação do Estado da Bahia", segundo palavras de Bárbara, a professora removeu o vídeo das suas redes sociais. "Arquivei o reels sobre o caso de racismo na escola em Sussuarana, pois estavam confundindo a referida 'professora' com outra professora com as mesmas características citadas no vídeo. Mas o importante é que o PAD está aberto e espero que a profissional responda pelo crime", explicou.

Stories de Bárbara Crédito: Reprodução