Se toca na Barra, tem que tocar no Campo Grande: saiba como contratação de artistas fortalece a Avenida

O feito do circuito do Campo Grande de desbancar o Barra-Ondina em número de foliões na abertura do Carnaval de Salvador pela primeira vez em 20 anos é resultado de uma decisão estratégica na montagem da grade de atrações da folia. Não à toa, o primeiro recebeu a abertura oficial da festa com atrações de peso como Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Xanddy Harmonia, Luiz Caldas e Claudia Leitte. A grade de atrações da Avenida foi montada para que o circuito histórico fosse fortalecido, se tornando mais desejado.

De acordo com o prefeito Bruno Reis, isso só foi possível graças a uma ‘condicionante’ da Prefeitura de Salvador durante as contratações.“Em uma quinta-feira, teve mais gente no Campo Grande do que no Barra-Ondina. Quando a gente poderia imaginar isso? Essa já é a grande conquista desse Carnaval e se deve às decisões políticas. A gente contrata artista para a Barra, mas meio que condiciona a tocar aqui no Campo Grande. Então, o artista quer trabalhar para a Prefeitura, é importantíssimo. Agora, a gente pede que ele se apresente aqui também [na Avenida]”, contou o gestor em coletiva que fez um balanço sobre a festa.

Reis afirmou ainda que os artistas deram uma resposta positiva para colaborar com o processo de fortalecimento do Campo Grande. “Todas as principais atrações que a Prefeitura contratou e se apresentaram na Barra também estão se apresentando aqui na Avenida. Então isso foi uma visão estratégica e foi uma decisão política negociada e um pedido que contou com a compreensão dos artistas. Eles toparam se apresentar aqui e dar essa contribuição pra cidade, pro carnaval, fazendo um Carnaval cada vez melhor”, disse.

Além de destacar o fortalecimento da Avenida, Reis ainda comemorou o sábado de Carnaval, que diferente do ano passado, quando a entrada de foliões foi bloqueada e teve até apagão na Barra, transcorreu sem maiores problemas por conta do equilíbrio do número de pessoas nos dois circuitos. O maior temor da gestão é a chuva, mas a precipitação não tem gerado efeitos que não possam ser contornados.