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Sara Mariano: marido monitorava onde ela estava e com quem conversava, diz advogado

Vítima teve corpo carbonizado e foi encontrada às margens da BA-093; marido confessou o crime

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 30 de outubro de 2023 às 09:48

Sara e Ederlan estavam juntos há mais de dez anos
Sara e Ederlan estavam juntos há mais de dez anos Crédito: Reprodução

Ederlan Mariano, que confessou ter mandado matar a esposa Sara Mariano, 35 anos, pastora e cantora evangélica, na última sexta-feira (27), hackeou o celular da vítima para monitorá-la. De acordo com Marcus Rodrigues, advogado da família de Sara, Ederlan tinha acesso ininterrupto à localização da pastora e ao conteúdo de conversas que ela tinha por um aplicativo de mensagens no smartphone.

"Ele conseguiu hackear o celular dela para monitorar a localização e as mensagens que ela trocava pelo Whatsapp. Ou seja, sempre sabia onde ela estava e com quem conversava. A prisão dele, inclusive, foi decretada principalmente porque ele já queria formatar o aparelho de Sara e destruir provas que eram essenciais para a investigação", conta Marcus.

Ederlan acompanhou policiais para que encontrassem o corpo de Sara às margens da BA-093, em Dias D'Ávila. A forma como ele teria indicado o local levantou suspeitas da participação do mandante no momento de execução da pastora, de acordo com o advogado da família. Depois disso, ele teria confessado o crime, segundo a polícia.

"O que causa estranheza é que, no momento em que Ederlan foi com a polícia para procurar o corpo, ele vira repentinamente para local exato onde o corpo estava enterrado. Isso demonstra que ele sabia o local, estando no momento do crime ou indo ao local depois de ter sido realizado", aponta Marcus.

Ainda segundo a defesa da família, apesar de ter confessado o crime, Ederlan teria dado 'informações genéricas', sem descrever como o crime ocorreu e quem seriam as pessoas que mataram Sara à mando dele. O corpo da pastora deve ser reconhecido nesta segunda-feira (30), no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML). Após o reconhecimento, mãe e irmã de Sara devem ir até a Delegacia de Dias D'Ávila para prestar depoimento sobre o caso.