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Elaine Sanoli
Publicado em 20 de novembro de 2024 às 09:43
A capital baiana registra ano após ano alarmantes taxas de violência urbana. O relatório do Instituto Sou da Paz, “Violência Armada e Racismo: o papel da arma de fogo na desigualdade racial”, indicou que, durante o ano de 2022, Salvador foi a capital brasileira com o maior número de homens mortos por armas de fogo. Foram contabilizadas 194,6 registros, por cem mil, de homicídios masculinos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (20).
Do total de homens mortos por armas de fogo em Salvador, no ano de 2022, 128,7 foram declarados negros e 65,9 não-negros.
As disparidades raciais, no entanto, não se restringem apenas à cidade de Salvador. Em todo o estado baiano, a diferença é ainda maior: os homens negros são quatro vezes mais afetados pelo homicídios. Durante o ano analisado, foram 90,4 por cem mil homens negros mortos, contra 23,1 não-negros. O nordeste, com a ajuda dos dados baianos, registrou cerca de 48% dos casos de todo o país, sendo a região com a maior proporção.
A região Nordeste concentra a maior proporção de homicídios masculinos por armas de fogo no ano de 2022, com 48% do total, e apresenta a maior taxa de homicídios armados, com 57,9 mortes por cem mil homens.
A pesquisa considerou dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ambos geridos pelo Ministério da Saúde.