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Saiba quem era Lucas Maia de Oliveira, dentista morto em condomínio de luxo de Salvador

Natural de Santo Antônio de Jesus, dentista tinha dupla formação e era definido por amigos como uma pessoa 'querida por todos'

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  • Larissa Almeida

Publicado em 27 de novembro de 2023 às 05:30

Lucas Maia de Oliveira era dentista e natural de Santo Antônio de Jesus Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O dentista Lucas Maia de Oliveira, 36 anos, que foi encontrado morto neste sábado (25), no apartamento que vivia no luxuoso condomínio Celebration Garibaldi, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, era natural do município de Santo Antônio de Jesus, situado no Recôncavo Baiano.

Ele se mudou para a capital para estudar há 20 anos e, desde então, se formou em Administração e Odontologia. Com alto padrão de vida na última década, no passado ele já chegou a morar de favor na casa de conhecidos para conseguir o primeiro diploma.

“Quando ele foi para Salvador, foi na cara e coragem. Ele trabalhava em uma loja de roupas para pagar a faculdade que, apesar de ser pública, tinha gastos. Ele morava de favor na casa de algumas pessoas e, com o tempo, foi aos poucos conquistando as coisas dele”, conta Caio de Oliveira, primo de Lucas.

Logo após concluir a formação em Administração, Lucas começou a cursar Odontologia na Faculdade Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Com o segundo diploma, ele se tornou dono de uma clínica e ainda fazia especialização em harmonização orofacial no Instituto Agenor Paiva de Pós-Graduação (Iappem).

Definido pelo primo como um cara esforçado, Lucas costumava ser simpático com todos. “Nós fomos criados juntos e ele era um amor de pessoa. Quem ver o Instagram dele vai ver o pessoal comentando que ele vai deixar saudade e era uma pessoa especial. Ele era assim, uma pessoa querida por todos. Não fazia inimigos por onde passava e era um garoto estudioso”, define Caio.

Acostumado a dar festas em casa, Lucas foi vítima de roubo após ser dopado com ‘Boa Noite, Cinderela’ em sua própria casa, durante uma festa, um ano antes do seu assassinato. Após o episódio, ele passou a compartilhar fotos com os amigos das pessoas com quem se relacionava. 

“Ele fez uma society no apartamento dele, convidou algumas pessoas que ele achava que eram pessoas boas, mas que doparam ele. Chegaram a colocar ‘Boa Noite, Cinderela’ na bebida dele, e ele apagou. As pessoas levaram as coisas dele. Depois desse susto, ele parou de fazer festas desse tipo”, conta Caio de Oliveira, primo de Lucas.

Pouco tempo após o episódio, a mãe de Lucas adoeceu e veio a falecer. Para o primo, a perda da mãe funcionou como uma espécie de gatilho, e o luto levou Lucas a voltar a realizar festas em casa. “Ele estava fragilizado nos últimos tempos. Ele tinha nosso suporte, sempre estávamos juntos, nós e os amigos dele sempre dávamos conselhos, mas não tínhamos como controlá-lo”, afirma Caio.

O último relato de Lucas vivo veio de uma vizinha. Ela teria ouvido um pedido de socorro entre 21h e 21h30 de quinta-feira (26) e acionado a portaria. O porteiro ligou e chegou a ir até a porta do apartamento. Quando não teve resposta e ouviu através da porta um barulho de ventilador, não achou necessário chamar a polícia e retornou para a guarita. Ele foi intimado e será ouvido pela Polícia Civil.

O corpo de Lucas Maia de Oliveira foi velado a partir das 16h30 deste domingo, em Santo Antônio de Jesus. O enterro aconteceu por volta das 19h.

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo