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Wendel de Novais
Publicado em 10 de março de 2025 às 11:42
A operação que combate um esquema criminoso de venda de maconha líquida em Salvador, tinha um alvo principal: Vitor Lobo. O acusado, que teve mandado de prisão cumprido no prédio em que mora no Corredor da Vitória na manhã desta segunda-feira (10), foi preso por agentes do Departamento Especializado de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), da Polícia Civil da Bahia (PC). >
De maneira oficial, a PC informou que a maconha líquida vendida por Vitor seria usada em cigarros eletrônicos, que são conhecidos como ‘vape’. “A operação mira uma organização criminosa voltada para a venda de 'maconha líquida' em Salvador e em São Paulo. Maconha líquida, cigarros eletrônicos e outros materiais ilícitos foram apreendidos durante a ação”, informou a polícia por meio de nota. >
Uma fonte policial consultada pela reportagem afirma que Vitor tentava mascarar as ações criminosas. “Ele fez e faz parte de grupos que defendem o uso da cannabis, a maconha, para uso medicinal em Salvador. Então, ele se valia disso para agir de maneira criminosa com a venda dessa maconha liquida”, afirma o policial, que terá o nome e função preservados. >
A reportagem confirmou que Vitor Lobo chegou a ser presidente da Associação de Apoio ao Tratamento com Canabinoides (AATAMED). Pela associação, o acusado chegou a integrar a participar da comissão para elaborar as instruções técnicas referentes à Lei 9.663/2023, que autoriza a distribuição de cannabis medicinal no Sistema Único de Saúde (SUS), em Salvador. O CORREIO não conseguiu localizar a defesa de Vitor. >
Fontes ligadas a causa do uso da cannabis medicinal confirmaram a prisão e lamentaram o que enxergam como ‘ações que queimam a imagem de associações que tentam salvar vidas’. De acordo com a Polícia Civil, diligências estão em andamento em bairros de Salvador para cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão e um homem suspeito foi preso em São Paulo. >
O material apreendido será periciado e os suspeitos ficarão à disposição da Justiça. >