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Um mês depois do desabamento na Igreja de São Francisco, Iphan destina R$ 1,3 milhão para serviços emergenciais no templo

Serviços devem começar ainda neste mês de março

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 11 de março de 2025 às 12:10

Tragédia na Igreja de São Francisco de Assis
Tragédia na Igreja de São Francisco de Assis Crédito: Codesal

A Igreja de São Francisco de Assis, localizada no Pelourinho, vai receber R$ 1,3 milhão para a realização de reparos emergenciais. A informação foi divulgada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nesta segunda-feira (11). O contrato tem vigência de oito meses. 

Serão realizados serviços para estabilização, remoção e acondicionamento dos elementos do forro da nave e da cobertura da Igreja de São Francisco. O valor do contrato é de R$ 1.376.750,97. O teto de um dos templos mais visitados de Salvador desabou no dia 5 de fevereiro, matando uma turista de São Paulo

A previsão é que a obra seja iniciada neste mês. "[os serviços] incluem a realização de levantamentos e diagnósticos, o escoramento e remoção de elementos instáveis, a consolidação dos elementos remanescentes com o reforço da fixação, a proteção dos elementos artísticos integrados, a revisão e reparo da cobertura, bem como a limpeza e remoção do forro que se encontra sobre a nave", detalha o Iphan. 

Os serviços emergenciais acontecerão paralelamente à elaboração do projeto executivo para a restauração de todo o conjunto da Igreja e do Convento de São Francisco, que já estava em andamento, tendo sido contratado pelo Iphan pelo valor de R$ 1,2 milhão. 

Após o desabamento do teto da igreja, uma força-tarefa foi realizada pelo Iphan em Salvador. Até o último dia de fevereiro, foram vistoriadas 140 edificações. Laudos técnicos e recomendações de medidas necessárias para sua restauração e conservação deverão ser produzidos. 

O Iphan recomendou que seis templos religiosos fossem interditados por riscos estruturais. Foram eles: Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, Igreja e Convento dos Perdões, Igreja de São Bento, Igreja dos Quinze Mistérios, Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem e Igreja de São Miguel. Outros dois imóveis residenciais também foram interditados em Salvador. 

Relembre o caso 

O desabamento do teto da Igreja de São Francisco aconteceu entre 14h30 e 15h, no dia 5 de fevereiro, deixando uma pessoa morta e outras cinco feridas. A igreja era aberta para visitação e interesse de muitos turistas. A entrada custa R$ 10. Segundo guias que estavam no local, no momento do acidente, houve um estrondo que assustou quem passava pela região.

Imagem do forro da Igreja de São Francisco enviada pelo frade ao Iphan
Imagem do forro da Igreja de São Francisco enviada pelo frade ao Iphan Crédito: Reprodução

Ao todo, seis pessoas foram feridas. Uma delas, a turista paulista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, morreu no local. Ela estava na igreja com três amigos e foi um deles que acabou reconhecendo o corpo da vítima. A Polícia Federal não descarta responsabilização criminal pela morte da jovem. 

Problema antigo

Em setembro de 2021, o Iphan foi condenado a realizar obras de recuperação, conservação e manutenção da Igreja e Convento de São Francisco, no Centro Histórico de Salvador. A autarquia federal se tornou ré de ação após a Comunidade Franciscana da Bahia, dona do imóvel, alegar não ter recursos para realizar obras emergenciais.

A decisão, a qual o CORREIO teve acesso, aponta que perícia realizada em 2018 apontou problemas no "pavimento superior, na clausura, no depósito, na biblioteca, no elevador, na varanda superior do imóvel, nas peças e madeiras e elétrica com fiação aparente, na cobertura, na varanda do pavimento superior, na rede pluvial, na fachada e na estrutura do imóvel".

As observações de turistas brasileiros e estrangeiros sobre problemas estruturais da Igreja de São Francisco de Assis, no Pelourinho, eram constantes antes do desabamento.

Guias de turismo que atuam na região consideram o episódio uma "tragédia anunciada". Os freis que vivem no convento anexo à igreja, no entanto, dizem que não viam risco iminente de desabamento.