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Saiba quais são as 10 doenças mais comuns no verão

Período é marcado por disseminação de quadros infecciosos, virais e bacterianos; confira os principais

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 05:45

Praia cheia no verão
Praia cheia no verão Crédito: Marina Silva/Arquivo CORREIO

Sol, calor, praia, pé na areia e biquíni o dia todo. Essa é a descrição do dia perfeito para muitos baianos no verão, mas é também a descrição do cenário ideal para o aparecimento de doenças típicas da alta estação. Isso ocorre porque as altas temperaturas, atreladas à umidade e ao comportamento adotado nesse período, favorecem o aparecimento de vírus e bactérias que derrubam as defesas do corpo.

Para se proteger, é preciso criar hábitos saudáveis que vão desde a escolha criteriosas de alimentos até melhorias na forma de se higienizar. Com auxílio da agência Einstein e no intuito de saber adequadamente como se prevenir dos principais riscos, o CORREIO listou as 10 doenças mais comuns no verão. Confira:

Micoses

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as micoses são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e os cabelos. São particularmente frequentes nos trópicos, onde existem condições ideais de calor e umidade, necessárias para o desenvolvimento dos fungos. Os exemplos de micoses superficiais são a pitiríase vesicolor, as tineas, a candidíase e as onicomicoses.

Enquanto a pitríase se apresenta geralmente com manchas brancas e descamativas na parte superior dos braços, tronco, pescoço e rosto, as tineas se manifestam com manchas vermelhas de superfície escamosa, que crescem de dentro para fora e apresentam bolhas e crostas. Já a candidíase tem entre os sintomas placas esbranquiçadas na mucosa oral, coceira, manchas vermelhas e secreção vaginal esbranquiçada.

A forma de se prevenir das micoses inclui usar somente o próprio material ao ir à manicure, secar-se sempre bem após o banho, principalmente nas axilas, as virilhas e os dedos dos pés. Também é recomendado evitar o contato prolongado com água e sabão, evitar andar descalço em locais que sempre estão úmidos, não ficar com roupas molhadas por muito tempo, evitar sapatos fechados por longo período e evitar roupas muito quentes e justas.

Bicho geográfico

A dermatologista Marília Acioli, que foi ouvida pela reportagem, define o bicho geográfico como uma infecção de pele causada pelas larvas de parasitas intestinais de animais. “É uma doença muito comum em áreas de areia contaminada por fezes de animais, como praias ou terrenos baldios, especialmente em regiões litorâneas como a Bahia”, alerta.

Além disso, praias, parques e áreas ao ar livre são locais propícios para a contaminação. O clima quente e úmido também favorece a sobrevivência das larvas no ambiente.

A doença é caracterizada por lesões cutâneas em formato serpenteado, coceira intensa, inchaço e vermelhidão nas áreas afetadas, geralmente pés, mãos ou pernas. A prevenção ocorre evitando o contato direto da pele com a areia encontrada em terrenos nos quais exista a possibilidade de terem sido frequentados por cães e gatos.

Insolação e queimaduras

Conforme definição da Rede D’Or, a insolação é uma condição séria devido à exposição excessiva ao sol ou ao calor intenso, resultando em falha do sistema de regulação de temperatura do corpo. Esse quadro médico requer atenção especial, já que com o aumento rápido da temperatura corporal, a pessoa acaba perdendo muita água, sais e nutrientes importantes para a manutenção do equilíbrio do organismo.

A doença é mais comum em idosos e crianças os sintomas incluem: pele quente e seca, dor de cabeça forte, tontura, náuseas, enjoo e vômito, pulso rápido, temperatura corporal elevada, respiração dificultosa, palidez e ausência total de suor. Casos mais graves também abarcam desmaios, confusão mental, convulsão e distúrbios visuais.

A insolação ou queimadura pode ser prevenida ao evitar permanecer sob o sol entre as 10h e 16h, usar roupas leves, de cores claras e que não fiquem justas no corpo, usar protetor solar com FPS 30 ou mais para evitar queimaduras, ingerir bastante líquidos, evitar bebida alcóolica em excesso, usar chapéus ou bonés e preferir alimentos leves.

Queimadura por limão

A dermatologista Marília Acioli explica que a queimadura por limão ocorre devido à fitofotodermatite, uma reação química causada por substâncias chamadas furocumarinas, presentes em frutas cítricas como limão, laranja e caju. Quando essas substâncias entram em contato com a pele e são expostas ao sol, provocam reações inflamatórias.

“A queimadura por limão pode gerar complicações, como manchas de hiperpigmentação que podem durar semanas ou meses, bolhas dolorosas e cicatrizes”, destaca a dermatologista.

Para evitar, é importante ter cuidado ao manipular o limão, sempre lavando as mãos depois com água e sabão, principalmente na praia, piscina ou locais expostos ao sol.

Intoxicação alimentar

Segundo a Rede D’Or, a intoxicação alimentar é uma condição de saúde que ocorre após o consumo de alimentos ou bebidas contaminados por agentes infecciosos, como bactérias, vírus, fungos, toxinas, parasitas ou outro microorganismo. Embora geralmente seja leve e se resolva em poucos dias, pode ser grave em casos extremos, exigindo atendimento médico.

Os sintomas da doença são: dor e cólicas abdominais, diarreia, febre baixa, náuseas e vômitos, cansaço e fraqueza, desidratação, sangue nas fezes e na urina, perda de apetite, dificuldade para falar ou enxergar, perda de peso e queda da pressão arterial.

A prevenção da intoxicação alimentar envolve práticas rigorosas de higiene na preparação e armazenamento dos alimentos. Por isso, é importante lavar bem as mãos, utensílios e superfícies antes de cozinhar, evitar alimentos crus ou malcozidos, manter alimentos prontos para consumo refrigerados, evitar comer comidas de procedência desconhecida e beber água potável.

Viroses

A virose é qualquer tipo de doença resultante de uma infecção viral que tem curta duração, normalmente não ultrapassando 10 dias. são mais comuns em bebês e crianças, mas podem acometer adultos também, conforme informações da Rede D’Or.

Os principais sintomas da virose são diarreia, febre, vômito, enjoo, falta de apetite, dor muscular, dor na barriga, dor de cabeça, secreção nasal e tosse. Os sintomas variam de pessoa para pessoa e não necessariamente alguém com virose apresentará todos eles. Mesmo assim, os mais comuns acontecem nas vias respiratórias ou no intestino, levando a que resfriados e gastroenterites sejam muitas vezes chamados apenas de virose.

As medidas de higiene são a melhor forma de prevenção da doença. De acordo com informações do Hospital Sírio Libanês, é recomendado lavar a mão com água e sabão antes e após ir ao banheiro, e antes e após as refeições. Também é fundamental evitar contatos com pessoas doentes e consumir alimentos bem higienizados.

Dengue, zika e chikungunya

O Ministério da Saúde classifica a dengue, zika e chikungunya como integrantes das arboviroses, um grupo de doenças virais que são transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos. O transmissor das três doenças é o mosquito Aedes Aegipty. A infestação do inseto é sempre mais intensa em razão de água acumulada e de altas temperaturas – fatores que propiciam a eclosão de ovos do mosquito.

Na Bahia, os primeiros dez dias de 2025 computaram 80 casos prováveis da doença e 14 cidades declararam epidemia. No ano passado, os registros da arbovirose explodiram: foram mais de 233 mil entre os baianos. Além da dengue, a chikungunya também teve aumento de casos: 16.631 neste ano contra 15.558 no anterior. Na contramão desse cenário, os casos de zika diminuíram entre 2023 e 2024.

Os sintomas das três doenças são semelhantes. Em geral, todas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele – a dengue nem sempre. Entre todas, a que oferece maior risco de óbito é a dengue, que pode evoluir para quadros mais graves, como o hemorrágico.

A prevenção consiste em evitar a proliferação do mosquito eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e em manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos como tampas de garrafas.

A nível pessoal, recomenda-se proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas, usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo e na roupa. Também é aconselhável usar mosquiteiros sobre a cama, usar telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.

Conjuntivite

De acordo com o Ministério da Saúde, a conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral, ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar seqüelas. Ela pode ser aguda ou crônica, afetar um dos olhos ou os dois.

Os sintomas da doença são: olhos vermelhos e lacrimejantes, pálpebras inchadas, sensação de areia ou de ciscos nos olhos, secreção purulenta (conjuntivite bacteriana) secreção esbranquiçada (conjuntivite viral), coceira, dor ao olhar para a luz, visão borrada e pálpebras grudadas quando a pessoa acorda.

Dentre as recomendações para a prevenção, está: evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes, lavar com frequência o rosto e as mãos, não coçar os olhos, usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos – ou lavar todos os dias as toalhas de tecido – e não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza.

Brotoeja

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) define a brotoeja como uma doença de pele inflamatória causada pelo bloqueio mecânico à eliminação do suor pelas glândulas sudoríparas (écrinas) e que acaba impedindo a saída do suor do corpo. Ambientes quentes e úmidos, excesso de roupas e agasalhos, assim como febre alta favorecem o aparecimento dessas lesões. Em geral, elas surgem no tronco, pescoço, axilas e dobras de pele, sob a forma de pequenas bolhas de água (vesículas).

A brotoeja é mais comum em crianças e bebês, mas também pode acometer adultos. Entre os sintomas estão erupções, bolhas, manchas vermelhas, saliências, prurido (coceira) e queimação. Na miliária cristalina, que é assintomática, as vesículas são diminutas, como bolhas, e não inflamatórias. Quando a brotoeja é rubra, a erupção é mais profunda, inflamatória e causa coceira. As regiões mais propensas a apresentar essa dermatite são axilas, virilhas e áreas nas quais há fricção da pele.

A prevenção à doença pode ser feita ao evitar usar muita roupa, principalmente em dias quentes, evitar atividades que provoquem o aumento da transpiração e manter o ambiente fresco e arejado no verão, com a ajuda de aparelhos de ar-condicionado ou ventiladores.

Covid-19

A Covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global, segundo definição do Ministério da Saúde. O SARS-CoV-2 pertence à família de vírus de mesmo nome que provoca infecções respiratórias.

A doença, que provocou uma pandemia que durou dois anos e dois meses no Brasil, tem entre os sintomas tosse seca e persistente, febre acima de 38 °C, cansaço excessivo, dor de cabeça, dores musculares, erupção cutânea, perda de olfato e paladar, pneumonia, inflamação na garganta, coriza ou nariz entupido.

A principal forma de prevenção da covid-19 é por meio da vacinação contra a doença. Outras formas envolvem práticas de higiene e distanciamento social. É recomendado lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool em gel. Segundo a Rede D’Or, é recomendado evitar tocar o rosto, especialmente olhos, boca e nariz – e sempre cobrir esses dois últimos quando precisar espirrar ou tossir.