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Maysa Polcri
Publicado em 25 de dezembro de 2024 às 05:00
Quem é rei não perde a majestade e, pela quarta vez seguida, Gael foi o nome mais escolhido por pais e mães na Bahia. Apenas em 2024, foram 1.951 bebês registrados com o nome no estado. Mas a preferência pode estar perdendo força: no ano passado, o número foi maior, 2.207. O nome mais comum entre as meninas também é o mesmo de 2023. Foram 1.353 repetições de Helena em cartórios baianos ao longo deste ano.
O nome queridinho de famosos e anônimos, Gael, surgiu com as novas gerações. Entre 1930 e 2000, sequer há registros no estado, segundo o site Nomes do Brasil, que mostra a incidência de nomes a cada Censo. Para aparecer na lista, a frequência deve ser de, pelo menos,15 registros por década. Ou seja, você até pode conhecer um Gael baiano com mais de 20 anos. Mas as chances de ele existir são bem pequenas.
‘Helenas’, por outro lado, estão sempre nascendo entre as famílias baianas. Na década de 1930, foram 1.257. O boom foi em 1950, com 2.620. Em relação ao ano passado, o número também aumentou. Foram 1.286 registros naquele ano, contra 1.353 em 2024. No ranking geral de nomes, Helena aparece em sexto lugar na Bahia, atrás de Gael, Theo, Ravi, Heitor e Miguel. Já no Brasil, Helena desbancou Miguel e foi o nome mais registrado em 2024.
As informações fazem parte do Portal da Transparência do Registro Civil e foram divulgadas, com exclusividade, pela Associação dos Notários e Registradores da Bahia (Anoreg/BA). “Os cartórios têm um papel fundamental na preservação da história das famílias e na garantia da segurança jurídica. Cada registro é um acontecimento na vida das pessoas e uma peça valiosa no mosaico da identidade cultural”, diz Daniel Sampaio, presidente da associação.
Nomes curtos, com influência de famosos e bíblicos. Essas são as características dos nomes preferidos dos baianos. A lista dos masculinos mais repetidos é formada por: Gael, Theo, Ravi, Heitor, Miguel, Anthony, Noah, Arthur e Samuel.
Com algumas diferenças na ordem do ranking, os nomes mais comuns em Salvador seguem praticamente iguais ao da Bahia. A exceção é Davi, que aparece no 10º lugar entre os mais escolhidos pelos soteropolitanos. Samuel não entra no ranking da capital.
Na Bahia, a lista dos nomes femininos é composta por Helena, Maitê, Laura, Maria Cecília, Cecília, Liz, Luna, Maria Alice, Aurora e Alice. Em relação ao ano passado, dois nomes saíram do top 10: Valentina e Elisa. Eles perderam seus postos para Luna e Aurora, duas novidades no ranking. Maya e Maria Helena, queridinhos dos soteropolitanos, não aparecem no estadual.
Mudar de nome já foi uma tarefa complexa no Brasil. Era preciso contratar advogado, recorrer aos tribunais, apresentar justificativa e aguardar a decisão do juiz. Mas, desde junho de 2022, o processo ficou mais fácil Basta ter mais de 18 anos e realizar a mudança em um cartório de registro civil. As taxas custam, em média, R$182. No ano passado, 851 pessoas mudaram de nome na Bahia.
A Lei 4.382/22 também permite a mudança de nome de recém-nascidos em até 15 dias após o registro, no caso de não ter havido consenso entre os pais sobre como a criança vai chamar.
Esta inovação possibilita a correção em muitos casos onde a mãe está impossibilitada de comparecer ao cartório em razão do parto e o pai ou declarante registra a criança com um nome diferente do combinado.
Nomes masculinos mais registrados na Bahia
Nomes masculinos mais registrados em Salvador
Nomes femininos mais registrados na Bahia
Nomes femininos mais registrados em Salvador